A Bemobi apresentou ao mercado a Grace, sua plataforma conversacional de pagamentos AI-first. A nova solução integra inteligência artificial generativa focada em pagamentos no WhatsApp. Desenvolvida em 100 dias por uma equipe de engenheiros da empresa, a assistente é um produto focado em setores como telecomunicações, serviços públicos (utilities), educação e saúde – ou seja, verticais nas quais a Bemobi já se concentra. A ferramenta é capaz de automatizar conversas com clientes, utilizando IA para interpretar mensagens de texto e áudio e percorre a jornada de pagamento até o fim.
“A Grace é a nossa nova ‘B-mober’ dentro do time de produtos e soluções. Ela foi criada em 100 dias e reuniu nossos melhores engenheiros para a construção dessa solução de mercado”, comenta Lucas Zardo, vice-presidente para pagamentos conversacionais da Bemobi e fundador da 7AZ, empresa de gestão de recebíveis por meio de Pix comprada pela Bemobi.
Este é o primeiro produto criado pela desenvolvedora de meios de pagamentos digitais para incrementar a produtividade do time, mas também aplicar a IA para se tornar um produto final voltado aos clientes da empresa. “A Grace é um exemplo de como aproveito a IA no meu dia a dia para transformar minha rotina em uma rotina mais produtiva e como extraio mais valor daquilo que faço no dia a dia e também aplico, ou seja, como a inteligência artificial vira um produto para a gente e resolve problemas reais, na ponta, dos nossos clientes”, explicou Zardo.
Grace nasceu especialista em questões de pagamento nas indústrias onde a Bemobi atua, ou seja, telecomunicações, utilities, educação e, mais recentemente, saúde. “São segmentos que já conhecemos, já mergulhamos e aprendemos muito sobre elas e entendemos quais são as suas dores. A Grace nasce para potencializar o pagamento. Uma ferramenta que permite o pagamento alçar novos voos e em um canal onde os clientes estão”, explica Zardo.
Exemplo da Grace
Em um exemplo hipotético do seu uso, apresentado durante o Bemobi Day, nesta quinta-feira, 5, Zardo mostrou como a plataforma pode auxiliar no pagamento de uma conta de internet atrasada.
O cliente inicia uma conversa pelo WhatsApp com a empresa que provê o serviço. Ele escreve e o agente interpreta o contexto, entende a situação. Segundo Zardo, a IA tenta ser empática e precisa entender a dor do cliente para encontrar uma solução possível. Para isso, Grace pede algumas informações para poder identificá-lo (como CPF).
Como a Bemobi está conectada ao billing da empresa, CRM e ERP, ela é capaz de identificar quais são as pendências em aberto dessa pessoa e saber se há um cartão de crédito registrado. Durante a conversa, o cliente pede para pagar a fatura atrasada em quatro vezes no cartão.
“Tenho todo o contexto e a ferramenta está preparada para algumas trocas de mensagem e entregar uma solução rápida para resolver o problema”, explica. E caso o cliente migre para o áudio, a assistente se adapta e passa a mandar mensagens de áudio. Em poucos minutos ela apresenta uma tela para que ele inicie o pagamento da fatura atrasada, e sem sair do WhatsApp.
Bemobi acorda para a IA

Pedro Ripper, Bemobi. Foto: divulgação
Durante o Bemobi Day, Pedro Ripper, CEO da companhia, deixou claro que a empresa está atenta às mudanças que a inteligência artificial vai proporcionar no segmento de pagamento e quer liderar este movimento.
“Inteligência artificial é uma prioridade, não é um tema secundário. Confesso que até oito meses atrás estávamos muito ativos em estudar e testar, mas não era uma prioridade-meta da empresa e das pessoas. Mas isso mudou”, afirmou o executivo.
Para Ripper, quem não entender que a IA vai modificar primeiro o “mundo dos bites e bytes” (virtual), inclusive o de pagamentos digitais, vai ficar para trás. “Uma empresa que se propõe a fazer o que a gente se propõe não pode estar no banco do carona. Você vai ter que liderar com o ônus e o bônus dessa liderança. Vai ter mais tentativa e erro, vai ter ajuste de percurso, mas não existe outra opção”, completou.