A empresa de software e TIC, Century, anunciou um investimento de R$ 150 milhões com capital próprio para a construção de seu segundo data center em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, sendo que o primeiro também fica na mesma região. Apresentado durante o evento Minas Summit nesta sexta-feira, 6, o espaço terá expectativa para iniciar atividades no primeiro trimestre de 2026 e deve criar 57 postos de trabalho.
De acordo com Alonso Gomes, vice-presidente da companhia, o investimento visa atender aplicações de inteligência artificial e que precisam de alto poder de processamento e consumo elétrico. O executivo também afirmou que o data center ajuda a descentralizar a tecnologia do eixo Rio-São Paulo e, consequentemente, ajudará na promoção regional.
O diretor de atração de investimentos da Invest Minas, Leandro Andrade, reforçou ainda que o estado é atraente para atrair mais data centers por ter energia limpa em alta potência e com redundância, conectividade, além de ser o segundo maior mercado consumidor do país.
Importante dizer, além dos data centers, a Century é um importante player de conectividade no País com rede de Internet conectada a pontos de tráfegos nacionais (São Paulo; Porto Alegre; Curitiba; Florianópolis; Belo Horizonte; Campinas) e internacionais (Amsterdam, Frankfurt e Nova York). A companhia também é responsável por um ponto de tráfego em Minas Gerais.
Entenda
O avanço estratégico de data centers no Brasil vem considerando posições geográficas importantes para instalações desses espaços. Iniciativas em Ceará, Paraná, e agora Minas Gerais, tentam se contrapor ao domínio de São Paulo e Rio de Janeiro.
Como pontuado por Andrade, do InvestMinas, os estados tentam ofererecer proximidade com centros de produção de energia e água, uma vez que os data centers consomem muito desses insumos, e pontos de troca de tráfego que garantem a conectividade rápida de aplicações com a audiência local e global. Mas também lembram que há, no local, mão de obra qualificada, academia e empresas de tecnologia.
Paralelamente, o governo federal tem avançado com legislação e políticas públicas para atrair data centers e hyperscales para o Brasil. Na última quinta-feira, 5, uma resolução do MDIC regulamentou os serviços qualificáveis ao regime das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) com uma lista que contempla o acesso à banda larga e uma série de atividades relacionadas ao mercado de data centers.
Imagem principal: de camisa preta, diretor de atração de investimentos da Invest Minas, Leandro Andrade (Divulgação: Invest Minas)