O iFood Pago (Android, iOS) completa um ano em junho, quando ocorreu o seu lançamento oficial. A fintech concentra as operações financeiras dos estabelecimentos com conta digital, linhas de crédito, antecipação de recebíveis, link de pagamento para realização de vendas em canais como o WhatsApp, além de oferecer máquina POS (conhecida como Maquinona) e Tap on Phone. Atualmente possui 175 mil contas ativas e oferece crédito em especial para pequenos e médios restaurantes, registrou receita de R$ 1 bilhão em 2024 e concedeu desde 2019 (ainda sem o nome iFood Pago) R$ 2 bilhões em crédito para 40 mil estabelecimentos parceiros de todo o Brasil e, em maio, acumulou R$ 1,6 bilhão em receita (2024 e os primeiros cinco meses de 2025).

A empresa tem uma série de dados transacionais dos estabelecimentos, o que permite que seja feita uma análise mais personalizada, precisa e fácil dos varejistas e, com isso, conceder crédito a eles. Não à toa, 70% das linhas de crédito concedidas são para donos de restaurantes que tiveram crédito negado em instituições financeiras tradicionais.

“Acho que, dentro disso, a gente entendeu que a alma do iFood Pago é a vontade em ajudar o restaurante a vender mais. Então, todos os nossos produtos e iniciativas partem do princípio e nascem já com a intenção de ajudar o restaurante a vender mais. Diferente das relações de crédito ou de produtos financeiros do mercado tradicional de bancos, que tenta sempre otimizar a relação naquela única transação e tudo mais”, explica Thomas Barth, COO do iFood Pago, em conversa com jornalistas.

Outro ponto explicado pelo COO do iFood Pago é a importância da inteligência artificial para a concessão de crédito, uma vez que a IA reduz em até cinco vezes o risco.

“A gente usa muita inteligência artificial para a concessão de crédito, tanto para escolher para quem dar, mas também para fazer a gestão do crédito depois”, afirmou. Com IA, o iFood Pago consegue avaliar semanas antes do vencimento da parcela se o restaurante poderá pagar. E, caso não tenha caixa suficiente, pode sugerir renegociação da dívida – alongar o crédito e reduzir o tamanho da parcela – de maneira proativa, ou seja, a IA sugere a nova condição. “Isso tem dado um resultado supergrande, fez com que a gente reduzisse o nosso risco de crédito e a perda de crédito em cinco vezes nos últimos 12 meses”, relatou Barth.

Assim, o iFood Pago comemora a maior carteira de crédito da história da empresa com o menor número de inadimplência da história também. A Zoop, plataforma financeira integrada há um ano ao iFood Pago, teve receita de R$ 500 milhões, passando para R$ 30 bilhões processados nos últimos 12 meses e registrou TVP (volume total de pagamentos processados) de R$ 39 bilhões.

Novidades da Maquinona

iFood Pago

Thomas Barth, COO do iFood Pago. Crédito: divulgação

Entre as novidades apresentadas está a expansão da Maquinona, a POS do iFood Pago que estava concentrada em São Paulo. Agora, ela chega em Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. A ideia da companhia é abrir para mais cidades totalizando dez em até três meses, com a ambição de chegar a R$ 1 bilhão processados com 4 mil restaurantes operando a POS até o fim do ano. Vale dizer que, no último mês, o iFood Pago processou R$ 115 milhões na Maquinona.

Outra novidade é o envio de mensagens por meio da POS para o WhatsApp dos clientes chamando para os estabelecimentos. Um teste realizado no Dia dos Namorados com 30 restaurantes conseguiu levar 350 clientes aos estabelecimentos.

Na prática, a ferramenta está integrada aos dados do iFood e, com isso, é possível acessar o número do celular do cliente. Assim, a POS pode enviar um cupom de desconto, por exemplo, via conta do iFood no WhatsApp, mas identificando o restaurante, com personalização da mensagem e fotos dos pratos em oferta, por exemplo. A ferramenta será disponibilizada para todos.

Números

Entre os números que o iFood Pago atribui à Maquinona estão:

– Aumento de 40% nas vendas por conta das dinâmicas de relacionamento com o cliente e a integração com o CRM do restaurante;

– Cashback e cupons enviados pela Maquinona foram responsáveis por 25,3% das transações realizadas desde então.

– Número de revisitas dos clientes que aderem aos cupons da Maquinona e ao cashback é 2,5 vezes maior do que os clientes que não o fazem.

– Maquinona já movimentou R$ 425 milhões em TPV; transacionou R$ 115 milhões nos últimos 30 dias;

– Previsão é de que seja transacionado R$ 1 bilhão por mês em março de 2026;

– Empresa projeta que mais de 4 mil restaurantes utilizem a Maquinona até março de 2026;

– 550 mil clientes identificados pelos restaurantes.

“A gente já identificou, através da Maquinona, 550 mil clientes para os restaurantes. Então, se antes o restaurante não tinha ideia de quem visitava ele, agora passa a ter e passa a ter opções de como ativar esse cliente para fazer com que ele volte mais vezes ao estabelecimento. A Maquinona vem escalando rápido”, comenta.

 Tap on phone – a surpresa

Barth fez questão de salientar o crescimento do tap on phone que ano contra ano vem crescendo 1.900%. “Esse é a megatrend que a gente aposta e que vai crescer nos próximos cinco anos. O executivo afirma que a Zoop é a maior processadora de Tap on Phone do Brasil por apoiar o app de diferentes bancos, como Nubank, Will Bank, OLX, entre outros.

O executivo comenta que subestimou o tap on phone e agora entende que a solução é uma das grandes responsáveis pelos números do iFood Pago, em especial o crescimento da Zoop.

“O Tap (on Phone) é uma tecnologia super revolucionária. Se você olhar no passado, diversos casos de uso viraram aplicativos. Se lembrar, 20 anos atrás, o telefone era uma coisa física, hoje ele é um app dentro do smartphone. O despertador era uma coisa física, agora ele é um app dentro do smartphone. A câmera fotográfica era uma coisa física, virou um app dentro do smartphone. E é isso que o tap está fazendo: ele está fazendo a maquininha de pagamentos virar um app dentro do smartphone”, compara.

Barth explica que a ferramenta faz com que o varejista elimine a necessidade de ter um equipamento dedicado, permitindo que qualquer celular (com tecnologia NFC) substitua a POS. Assim, o tap on phone barateia para quem usa, reduz o custo da transação e ainda traz praticidade, já que o celular pode estar no bolso do garçom, por exemplo.

“Tem tanto uma facilidade no uso quanto a questão do custo, que está fazendo esse negócio ganhar uma tração muito grande. O que eu acho que a gente não tinha previsto era o quanto também os bancos estavam animados e empurraram essa tecnologia. Então, hoje, se você for ver, os nossos parceiros aí, vou falar dois deles aqui, o Nubank e o Willbank, por exemplo, estão investindo bastante na educação de como usar o tap em mídia aberta”, avalia.

Segundo pesquisa interna do iFood, um terço de todos os brasileiros já pagaram para alguém que estava cobrando com o tap on phone.

 

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