O Ministério das Comunicações destinou R$ 7,3 milhões do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) ao CPQD para apoio ao projeto 5G Saúde, voltado para iniciativas de conectividade e inovação na telemedicina. A ideia é otimizar o acesso à saúde, principalmente em áreas remotas.

Pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na zona rural de Miguel Alves/PI e médicos da Beneficência Portuguesa de São Paulo participam de um piloto que utiliza rede privativa 5G com componentes abertos e desagregados, com base no conceito de Open RAN (rede de acesso por rádio aberta). O projeto visa avaliar se a tecnologia 5G Open RAN é adequada e eficiente para a transmissão em tempo real de imagens de exames médicos de alta complexidade, como o ecocardiograma, que exige elevada capacidade e velocidade de transmissão.

A iniciativa conta com a colaboração do Centro de Competência Embrapii-CPQD em Open RAN e parcerias com a BP, o InovaHC (Núcleo de Inovação e Tecnologia do Hospital das Clínicas da USP) e a Samsung Brasil.

Outros dois projetos-piloto do 5G Saúde estão em curso. Um deles é em parceria com a operadora de planos de saúde MedSênior e prevê a criação de uma ferramenta segura para a troca de informações entre diferentes sistemas, utilizando blockchain e identidade digital descentralizada.

Uma das aplicações em desenvolvimento é um prontuário eletrônico inteligente, com controle do próprio paciente sobre quem pode acessar ou utilizar seus dados. A plataforma poderá integrar todo o histórico de saúde do usuário, como consultas, prescrições digitais, exames, aquisição de medicamentos e retornos médicos.

Outro piloto que começará nos próximos meses é no Hospital Estadual Mário Covas, na região da Grande São Paulo, em parceria com a startup brasileira UVCTEC. A empresa desenvolveu um equipamento de desinfecção por radiação ultravioleta (UVC), voltado para hospitais, bem como clínicas médicas e odontológicas.

Uma nova versão foi criada em conjunto com o CPQD e com o apoio do Funttel, e contará com conectividade 5G e recursos para gestão inteligente do dispositivo, fornecendo dados como tamanho do ambiente, nível necessário de radiação para inativação de agentes patogênicos específicos, tempo de exposição e outras informações gerenciais.

Os dados serão processados pela plataforma do CPQD, Pailot, que integra Internet das Coisas e inteligência artificial. A integração com a unidade da UVCTEC permitirá, futuramente, o desenvolvimento de modelos preditivos de IA voltados à melhoria dos processos de desinfecção hospitalar.

Ilustração produzida por Mobile Time com IA

 

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