A Cielo e a Ingenico estão testando a tecnologia de pagamento com a palma da mão no Brasil, conhecida como “palm vein”. A solução foi experimentada ao longo das últimas semanas em uma lanchonete na sede da Cielo, em Barueri/SP, para avaliar a resposta do público. A PoC aconteceu paralelamente a outros testes da Ingenico com a tecnologia na França e nos EUA. Neste momento, as empresas estão em fase de análise dos feedbacks dos usuários para aprimorar a solução.
No teste brasileiro, os consumidores cadastravam as palmas das mãos e as associavam às credenciais de um cartão de crédito Visa ou Mastercard. Esse processo era feito no “back office” do estabelecimento. Uma vez feito esse cadastro, já era possível pagar com a palma da mão em outro equipamento similar no local, mas acoplado a uma máquina de POS. A Ingenico informa que está trabalhando para desenvolver maquininhas de POS que já venham com o leitor de palma da mão integrado.
Vantagens da palm vein
A palm vein utiliza luz infravermelha para a captura do padrão único das veias na palma da mão de cada pessoa. A solução testada se chama PalmSecure e foi desenvolvida pela Fulcrum Biometrics (Fujitsu).
“Essa tecnologia oferece alto nível de proteção contra fraudes, é praticamente impossível de ser replicada e elimina a necessidade de cartões ou dispositivos móveis, permitindo pagamentos em menos de cinco segundos. Diferentemente da voz e da face, que podem ser copiadas – gravadas ou filmadas, fotografadas –, as veias das palmas das mãos não podem ser copiadas”, afirma José Barletta, diretor técnico da Ingenico, em entrevista por escrito para Mobile Time.
Cielo e Ingenico firmaram uma parceria para testar e desenvolver o uso da tecnologia de pagamento com a palma da mão no Brasil. O executivo da Ingenico está otimista quanto ao interesse do consumidor nacional.
“Nossas expectativas para o Brasil são altas, pois somos um povo ávido por novidades e a nossa cultura é de “early adopters” na área de pagamentos. A intenção é que se torne uma alternativa prática, segura e acessível no cotidiano das pessoas, reduzindo filas, aumentando o conforto e oferecendo conveniência aos consumidores no ponto de venda”, explica.