O presidente da Claro, José Félix, entende que medidas diferenciadas de competição não são necessárias para o setor de telecomunicações. Ele comentou sobre o tema durante o Painel Telebrasil 2025, nesta terça-feira. 2, em Brasília.
“Não precisamos de mais competição, precisamos é de mais organização nesse ambiente. O setor requer muito investimento e para isso o que se requer são empresas sadias. Não é através de empresas débeis que teremos o volume de investimento necessário para um setor pesado como esse, cuja tecnologia muda a cada instante”, declarou durante o Painel Telebrasil 2025.
Félix reclamou da carga tributária no setor e da insegurança regulatória. “Queremos é ajuda em tentar organizar, planejar, ter uma visão de futuro e segurança jurídica. Não queremos que as coisas mudem da noite para o dia sem aviso. Ninguém quer dinheiro emprestado do governo. Ninguém quer nada disso. A gente só quer paz e organização”, alfinetou ele.
As falas ocorrem pouco depois de o conselheiro da Anatel, Alexandre Freire, aprovar no Conselho Diretor suas mudanças ao Plano Geral de Metas de Competição (PGMC). Entre os pontos alterados, está o que avalia que as Operadoras de Redes Móveis Virtuais, as chamadas MVNOs, não necessitam de “medidas assimétricas” para uma competição mais equiparada às maiores empresas.
A decisão foi alvo de fortes críticas das entidades, especialmente pelo fato de que os incentivos contribuiriam com a expansão da conectividade para áreas remotas e municípios menores, principais públicos alvo das MVNOs .
“Chegou a hora de limpar e de ver quem é sério e quem não é, ao invés de ficar achando que o problema do país é competição. O problema do país é organização e planejamento”, comentou.
Foto no alto: Presidente da Claro, José Félix, no Painel Telebrasil 2025 (Divulgação/Painel Telebrasil)