A OpenAI e a Microsoft anunciaram nesta quinta-feira, 11, que chegaram a um acordo e assinaram um memorando de entendimento não vinculativo que abre espaço para a empresa de IA se tornar lucrativa. Em nota conjunta, as empresas afirmaram que estão “trabalhando ativamente para finalizar os termos contratuais” para atingir “um acordo definitivo”.
A partir deste documento, que é considerado a próxima fase da parceria entre as duas companhias, a OpenAI sem fins lucrativos obteve junto ao seu principal investidor a possibilidade de controlar uma corporação de benefício público (Public Benefit Corporation ou PBC no original em inglês).
A partir deste documento, o braço não corporativo da OpenAI terá uma participação de US$ 100 bilhões na PBC, o que a torna uma das maiores empresas filantrópicas do mundo: “Essa estrutura acionária reafirma que a nossa missão principal é garantir os benefícios da inteligência artificial geral (AGI) para toda humanidade”, diz o presidente do conselho da empresa de IA, Bret Taylor, em carta divulgada nesta noite.
“A OpenAI começou como uma organização sem fins lucrativos, continua sendo uma até hoje e continuará sendo – com a organização sem fins lucrativos detendo o controle que guiará o nosso futuro”, escreveu em outro trecho.
Controle da OpenAI
O executivo afirmou que, a partir do novo contrato com a Microsoft, a companhia de IA poderá levantar o capital necessário para garantir que PBC e OpenAI sem fins lucrativos cresçam juntas. Recentemente, a CNBC estimou que a OpenAI vale US$ 500 bilhões, isso ocorreu após uma campanha interna de venda de ações avaliada em US$ 10,3 bilhões.
Como parte da próxima fase, a OpenAI abriu uma chamada para liberar US$ 50 milhões em subsídios a projetos para ONGs que apoiem a sociedade e o desenvolvimento da IA em três fases:
- Letramento em IA;
- Compreensão do público sobre IA;
- Inovação e oportunidades econômicas.
Importante dizer, a Microsoft é a principal investidora na OpenAI e teria colocado aproximadamente R$ 10 bilhões para ter 49% do controle da companhia, segundo Elon Musk no processo que moveu contra a empresa de IA março de 2024, mas do qual recuou em julho do mesmo ano.