O presidente norte-americano Donald Trump ampliou o prazo para o TikTok (AndroidiOS) encontrar uma solução e ter sua operação vendida e repassada para uma empresa dos Estados Unidos ou de um país parceiro e não ter o acesso bloqueado localmente.

Agora, o limite para resolução passa a ser 16 de dezembro. Esta é a quarta vez que Trump amplia o prazo que originalmente estourou no dia 19 de janeiro, um dia antes de sua posse presidencial. Os outros dois prazos foram 4 de abril e 19 de junho.

A ordem executiva assinada pelo presidente acontece um dia após EUA e China anunciarem que chegaram a um acordo para que o app de vídeo continue funcionando no país. É aguardado que Trump converse com seu par chinês, Xi Jinping, na próxima sexta-feira, 19.

Em conversa com a imprensa na Casa Branca antes de embarcar no Marine One (helicóptero oficial do presidente) com a primeira-dama Melania Trump nesta terça-feira, 16, Trump disse que tem um acordo com TikTok feito com o governo chinês e a conversa com Jinping é para “confirmar tudo” e que tem um grupo de grandes companhias que querem comprar a versão norte-americana do app.

“Nós fizemos um ótimo acordo comercial. Eu espero que seja bom para os dois países, mas é bem diferente daquele que fizemos no passado”, afirmou o mandatário norte-americano. “Eu odeio ver um valor como esse ser desperdiçado. Afinal estamos falando de dezenas de bilhões de dólares”, completou.

Relembre o caso de TikTok nos EUA

Em 2020, o então presidente Donald Trump iniciou o processo de banimento do TikTok nos Estados Unidos, com a tentativa de impedir que pessoas baixassem o app nas lojas e forçar a ByteDance a vender a rede social para investidores norte-americanos.

Houve especulações de que a Microsoft compraria a rede social de vídeos curtos. Depois, Oracle e Walmart entraram na jogada, inclusive com a contrapartida sugerida por Trump de que o tesouro norte-americano ficasse com uma porcentagem da venda.

Já no fim da administração de Joe Biden, em abril do ano passado, o então presidente sancionou a lei que forçaria a ByteDance a encontrar em um ano – a contar da sanção presidencial – um comprador para a rede social que fosse de confiança para o governo estadunidense.

O TikTok recorreu da decisão junto à Corte Distrital de Columbia e perdeu. No final de 2024 entrou com uma nova ação na Justiça recorrendo à Suprema Corte.

Desde então, outros boatos de venda foram ventilados. Ainda no ano passado, os bilionários Frank McCourt e Kevin O’Leary teriam feito uma proposta de compra do TikTok EUA por meio do grupo Project Liberty. Mas o governo chinês ventilou outras alternativas ao TikTok, como a venda para o bilionário Elon Musk. Considerou-se também a possibilidade de passar a base de usuários para um outro app.

Em abril deste ano, Trump estendeu o prazo para definir a situação do TikTok no país – se é vendido para uma empresa norte-americana ou é banido – por mais 75 dias e prorrogou mais uma vez.

Imagem principal: Donald Trump assina os decretos em 20 de janeiro, como o primeiro adiamento da solução para o TikTok para abril (Arquivo: Casa Branca/divulgação)

 

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