A União Europeia planeja ter em operação em 2030 uma nova constelação de satélites multi-órbita chamada Iris2. Com investimento de € 10,6 bilhões, ela consistirá em 264 satélites de baixa órbita (LEO) a 1,2 mil Km de altitude; 18 de média órbita (MEO), a 8 mil Km; e 10 de baixíssima órbita (low LEO), abaixo de 750 Km – estes últimos servirão para um sandbox aberto a startups. Haverá três centros de controle terrestres, localizados na França, na Itália e em Luxemburgo.

O projeto está sendo desenvolvido como uma parceria público-privada, abrangendo a Comissão Europeia e as operadoras satelitais SES, Eutelsat e Hispasat. A constelação atenderá prioritariamente a aplicações dos governos, mas a capacidade ociosa será destinada à comercialização privada, incluindo banda larga residencial e conectividade com dispositivos móveis através de NTN 5G.

iris2

Pedro Romero Fernandez, policy officer da Comissão Europeia, durante o Congresso Latino-americano de Satélites (crédito: Fernando Paiva/Mobile Time)

A cobertura será global, mas a maior parte da capacidade será utilizada durante o sobrevoo do continente europeu. Isso significa que haverá mais capacidade disponível em outras regiões. Por isso, a Europa está aberta a parcerias com outros países que queiram usar a nova constelação, disse o policy officer da Comissão Europeia, Pedro Romero Fernandez, durante palestra no Congresso Latino-americano de Satélites, realizado nesta quarta-feira, 8, no Rio de Janeiro, organizado por Teletime e Glasberg.

“Na América do Sul haverá mais capacidade disponível. O Brasil é um bom candidato a usá-la”, comentou Romero. Entre os países que já negociam a utilização da Iris2 estão Japão e Islândia.

A imagem no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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