A Virtueyes espera faturar pelo menos R$ 60 milhões com a implementação de projetos de redes celulares privativas (RCPs) no Brasil em 2026, informa a sua presidente, Taize Wessner, em entrevista para Mobile Time. A projeção é conservadora, ressalta a executiva.

A companhia já instalou quatro RCPs, sendo três para o agronegócio e uma para a indústria. E está mirando também os setores de mineração e logística – especialmente para centros de distribuição, diz Wessner.

A Virtueyes aposta na qualidade do seu core de rede 4G/5G, comprado com a ZTE. Além de segurança e confiabilidade, ele entrega ao cliente visibilidade integral sobre a rede, com dados operacionais de cada ERB e dos dispositivos conectados.

Para a rede de acesso, a empresa trabalha com equipamentos da Baicells ou da Huawei, dependendo do projeto.

RCPs: segmento estratégico

O segmento de RCPs é visto como estratégico para a Virtueyes. É uma forma de entregar projetos de maior valor agregado pela empresa, que atua também com soluções de IoT e como operadora móvel virtual completa (full MVNO), no modelo autorizada, e conectada à rede da Claro.

“Não dava para a gente monetizar apenas com conectividade para IoT. Precisávamos ser mais criativos. Investimos em algumas startups do agro. E percebemos que todas elas enfrentavam o problema da falta de conectividade no campo. Às vezes tinha fazenda com sensor no solo e automação de pivô, mas faltava conectividade. Ou tem maquinário avançadíssimo, com máquinas autônomas etc, mas sem conectividade”, relembra a executiva.

Na atuação em RCPs, a presidente destaca como diferencial a proximidade da Virtueyes com as empresas contratantes, possibilitando um suporte de maior qualidade, o que as teles de grande porte teriam dificuldade em prover.

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Taize Wessner, presidente da Virtueyes (crédito: divulgação)

“É inegável o know-how de administrar redes que as teles possuem. Mas em RCPs é necessário muito mais do que isso. Preciso ajudar o cliente a conectar seus dispositivos, tem muito parque legado, enfim, preciso ajudar na sua transformação digital. E isso significa ter disponibilidade de atendimento. Ou seja, RCP exige muito mais do que simplesmente administrar uma rede”, argumenta.

MVNO e RCP se complementam na estratégia da Virtueyes

A atuação como MVNO e como integradora de RCPs são complementares e reforçam o posicionamento da Virtueyes.

“Se o cliente está em um grande centro e quer conectividade, eu vendo como MVNO. Mas se precisar de missão crítica, baixa latência e/ou segurança, vamos de RCP. No agro, quando falta cobertura pública, o caminho é a RCP também”, explica.

E há casos em que pode-se entregar um projeto híbrido, com chip que acesse a rede privativa e também a rede pública, via MVNO, quando o dispositivo sair do perímetro da RCP.

A Virtueyes tem hoje mais de 1,4 milhão de dispositivos conectados, somando a revenda de linhas das grandes operadoras, sua MVNO e suas RCPs.

A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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