A Bemobi terminou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido ajustado de R$ 47 milhões, quase o dobro (89%) dos R$ 25 milhões do mesmo período um ano antes. De acordo com a companhia, o resultado pode ser atribuído a três fatores:
- O aumento do lucro operacional;
- Efeito fiscal do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP);
- Incremento do resultado financeiro líquido.
Segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira, 13, a receita da empresa foi de R$ 187,5 milhões, alta de 22,5% contra R$ 153 milhões do terceiro trimestre de 2024. Houve crescimento em todas as verticais de negócios da empresa, sendo:
- 40% de incremento em pagamentos digitais;
- Software as a Service (SaaS) com alta de 16%;
- Microfinanças com 12%;
- Assinaturas digitais também com 12%.
O lucro antes do imposto de renda e da contribuição social cresceu 44%, de R$ 43 milhões para R$ 62 milhões. E o EBITDA cresceu 23%, de R$ 50,5 milhões para R$ 63 milhões.
Importante lembrar, o resultado contábil ajustado considera o impacto da aquisição da M4U, sendo R$ 5,5 milhões no atual relatório.
Operacional da Bemobi

Pedro Ripper, CEO da Bemobi. (Foto: divulgação)
Em carta aos acionistas, o CEO Pedro Ripper destacou no resultado do terceiro trimestre a chegada da Vero e da Hapvida na carteira de clientes de grande porte na vertical de pagamentos. Ao todo, a Bemobi tem 19 clientes empresariais de grande porte e 647 PMEs nesta unidade de negócios que teve um total de volume financeiro (TPV) de R$ 2,9 bilhões, alta de 38% contra 2,1 bilhões de um ano antes.
A base de assinaturas digitais com bancos, operadoras e carteiras digitais adicionou mais quatro clientes e cresceu 3%, com um total de 27 milhões de assinaturas ativas, ante 26 milhões do terceiro trimestre de 2024. Algo refletido pelo bom momento comercial no México, Paquistão, Nigéria e Bangladesh, em compensação a um desempenho tímido das telcos brasileiras.
Já a carteira de transações de microfinanças se manteve estável com 34 clientes. Mas o total de transações recuou 3%, de 60,5 milhões para 59 milhões, devido à retração nas transações de antecipação de recarga no Brasil e na Ásia.
Por sua vez, a área de SaaS da Bemobi totalizou 1,4 mil clientes, que contou com a entrada de 17 novos clientes PMEs. Mas o total de licenças ativas caiu 3%, de 8,9 milhões para 8,6 milhões. A partir do quarto trimestre de 2025, a companhia informou que não trará mais esta métrica devido ao “aumento das receitas oriundas de projetos e que não estão associadas às licenças B2B2C”.
