O principal fundamento – e desafio – para o sucesso de qualquer tipo de empreendimento é se preparar para a correta tomada de decisões. Analisar situações e compará-las a diversos cenários possíveis, de modo a que se façam as escolhas mais acertadas para se atingir objetivos pretendidos, é uma ação que depende, essencialmente, do acesso a informações relevantes, com dados precisos e que representem ao máximo a realidade analisada. Desta forma, a melhor decisão será consequência natural da mais ampla análise de dados, coletados com precisão e agilidade e devidamente organizados.

A cada dia, multiplicam-se os dispositivos de coleta de dados, nos mais diversos setores da economia. Processos produtivos passam a ser mais eficientes, com máquinas e sistemas que trocam informações entre si, diminuindo perdas e aumentando produtividade. Essa nova revolução tem acontecido cada vez mais em áreas que atraem investimentos contínuos, como o agronegócio, que tem demonstrado grande evolução tecnológica e, consequentemente, contínuos recordes de produção.

Assim como as máquinas a vapor (séc. 18), a energia elétrica (final do séc. 19) e os computadores conectados a uma rede mundial (final do séc. 20), as soluções de Internet das Coisas e M2M chegaram para promover a quarta revolução industrial. Com recursos de inteligência artificial nas linhas de produção, montagem e distribuição, a chamada Indústria 4.0 tem conseguido maximizar a produtividade, diminuindo perdas (de tempo, inclusive) e aumentando a qualidade dos seus produtos.

Como ferramentas cada vez mais indispensáveis à melhor gestão, chegam ao mercado soluções em IoT que possibilitam ações em tempo real e a distância em uma grande diversidade de aplicações. Por exemplo, gestão de ambientes, controle de consumo de energia elétrica, gás, água e insumos, gestão fina de temperatura e umidade, controle de portas, acessos e equipamentos, mapeamento de áreas por drones, aferição de condições de solo, plantas e momento ideal de plantio e colheita, acompanhamento de produtos em silos e durante transporte, monitoramento de condições de saúde, localização e ganhos de peso de rebanhos, gestão de resíduos, administração de sistemas hídricos, elétricos e de mobilidade urbana, entre muitos outros.

Mais do que nunca, a boa gestão depende, essencialmente, da possibilidade de monitorar pontos estratégicos, interpretar dados devidamente organizados e emitir comandos em tempo real e a distância, com ou sem intervenção humana. Assim, é possível não apenas solucionar problemas em tempo mínimo, mas, principalmente, antecipar-se a eles, agindo antes mesmo de eventuais adversidades surgirem.

Por outro lado, a quarentena global forçada pela pandemia do novo coronavírus tem servido como um acelerador de várias iniciativas em prol da transformação digital. Encontros entre amigos e reuniões de trabalho passaram a ser feitos no ambiente virtual por um número cada vez maior de usuários. Para atender a esta demanda crescente e, ao que tudo indica, irreversível, novas plataformas surgirão, com recursos ainda não imaginados. O mesmo poderá ser visto em outras áreas, como a produção de espetáculos, atividades educativas, varejo, logística, serviços financeiros, atendimento médico e cidades cada vez mais inteligentes.

A multiplicação de dispositivos conectados favorecerá estes novos comportamentos em escala crescente, assim como o maior acesso à diversidade de tecnologias de conexão. O atual e constante crescimento da rede LoRa, a evolução da NB-IoT e a bem próxima chegada do 5G, por exemplo, possibilitam a oferta de novas funcionalidades e possibilidades de conexão nunca antes imaginadas. Assim, este é o momento para que organizações invistam em telemetria, conectividade e inteligência, tornando suas operações ainda mais analíticas, de modo a aprimorarem seus processos e ratificarem seus diferenciais de mercado, saindo na frente com melhores condições para a retomada.