Um mundo cada vez mais conectado e compartilhando informações em tempo real é uma verdade inquestionável nos dias de hoje e remete a um debate sobre o futuro da Internet das coisas (IoT). Estamos seguros ou vulneráveis com nossas informações pessoais e comerciais transitando, em todo lugar, o tempo todo?

Quando falamos de IoT, estamos tratando de um segmento jovem e imaturo do ponto de vista tecnológico. Não chegamos ainda a critérios de qualidade adequados para sua implementação e nem mesmo criamos requisitos que definam padrões de segurança. É como se estivéssemos vivendo novamente o início da Internet, quando as transações seguras não eram tão seguras, nem tão robustas quanto são hoje.

Vivemos ainda um momento de fragilidade, onde é quase cada um por si, descobrindo empiricamente quais são as melhores práticas de segurança para essas comunicações. Somado a isso, temos um paradoxo que deixa o debate ainda mais aquecido: gerar comunicações mais seguras demanda um gasto maior de energia. Quão disposto estou a investir nisso?

É preciso um pouco de tempo e paciência: se hoje existe uma fragilidade do ponto de vista da segurança, em um futuro próximo isso deve mudar. É nisso que estamos apostando e para isso que trabalhamos.

O uso de protocolos proprietários e chaves de seguranças individuais simétricas são outras saídas que devem ser avaliadas.  Cada componente do produto recebe uma proteção individual: mesmo que um item seja corrompido, não irá comprometer a segurança total do sistema.

Apesar do debate parecer pessimista, nem de longe estamos perto do caos tecnológico. Pelo contrário. Assim como foi com a Internet, a evolução da indústria levará a critérios de qualidade mais sofisticados e mais complexos. Serão criados padrões comuns que poderão ser seguidos por todas as empresas e a segurança será o requisito mais importante para que um produto de IoT chegue ao mercado.

Em um olhar otimista para o futuro, a Internet das coisas é uma bomba relógio prestes a ser desativada.