Naquele momento, telefones de carro eram as únicas opções entre dispositivos móveis celulares. Foto: divulgação

Antes mesmo do lançamento do primeiro celular, o DynaTac 8000X, da Motorola, em 1983, o Japão foi o primeiro país a estabelecer uma rede celular comercial. Em 1º de dezembro de 1979, a Nippon Telegraph and Telephone (NTT) introduziu o serviço para os cidadãos de Tóquio. Poucos anos depois, em 1984, o Japão tornou-se a primeira nação no mundo a ter uma cobertura total da primeira geração de rede celular, em todo seu território. 

Os celulares disponíveis nessa época eram “car phones”, telefones de carro, por isso o serviço oferecido pela operadora japonesa era para uso em automóveis. A rede possuía 88 estações-base celular e torres de rádio cobrindo todos os distritos de Tóquio. Ela permitia o handover de ligações de uma torre a outra, que ocorre quando o dispositivo sai da área de cobertura de uma torre e entra na de outra. Não havia necessidade de que esse handover fosse feito manualmente por pessoas. Isso era especialmente útil com carros em movimento.

Demorou pouco até que outros países aderissem à nova tecnologia. Em 1981, a Nordic Mobile Telephone montou sua rede 1G simultaneamente na Noruega e Suécia. No ano seguinte, foi a vez de Dinamarca e Finlândia. Foi só em 1983 que os Estados Unidos estabeleceu sua rede 1G, lançada pela Ameritech em Chicago, que oferecia no seu plano o DynaTAC.

As redes 1G tinham alguns inconvenientes. Eram limitadas à transmissão de voz, não muito confiáveis, com uma velocidade de 2,4 kbps. A qualidade do som e a cobertura deixavam a desejar. Também não havia suporte para roaming internacional. Qualquer pessoa com um scanner de rádio conseguia ouvir a ligação, pois não havia nenhuma forma de criptografia.