A AsaaS registrou em apenas um dia 600 pedidos de dados financeiros de outras instituições via open banking. A fintech foge da regra de que as pequenas startups não estão preparadas para o sistema financeiro aberto, como explica seu CEO, Piero Contezini.

“Como instituição regulada, nós temos que oferecer os dados públicos do Open Banking. As nossas APIs têm dados abertos. Nós temos que prover isso pelo nosso tamanho”, disse o executivo. “Do nosso lado, estamos super-abarrotados de pedidos de troca de informação”, completou, ao lembrar que a licença junto ao Banco Central foi obtida em junho de 2021.

Ao final de 2021, a AsaaS tinha 101 mil clientes e registrou um volume de R$ 6 bilhões em TPV no acumulado do último ano.

AsaaS Money

Atuando com serviços financeiros para empreendedores, a companhia recentemente criou um aplicativo para pagamentos, o AsaaS Money. Trata-se de um serviço que tem duas partes, uma para o B2B focada em vendas com opção de receber pagamentos no ponto de venda por QR Code; e outra é uma carteira digital para o consumidor que permite colocar crédito no celular, realizar transferências a outros usuários e inclusive optar pelo pagamento na modalidade buy now pay later (compre agora e pague depois ou crediário eletrônico, na tradução livre).

“É uma estratégia dentro do nosso core, pois eu posso mandar a fatura dos pagadores sem terceiros. A partir do momento que tenho o Money instalado, eu passo a dominar o canal. Nós queremos que 2,5 milhões de pessoas que pagam faturas fora do AsaaS passem a pagar suas faturas conosco. Ou seja, um agregador de faturas”, concluiu.

Futuro

O CEO explica que o planejamento para 2022 é dobrar de tamanho em termos de TPV e clientes. A companhia, que recentemente comprou a Code Money, empresa que serviu de base para a criação do AsaaS Money, mantém conversas tanto para aquisições como para receber rodadas de investimento.