Cristiano Amon, CEO da Qualcomm, durante o MWC22

Diante da crise mundial de fornecimento de chipsets provocada pela pandemia, a Qualcomm concorda que é preciso diversificar geograficamente a produção de semicondutores, hoje concentrada na Ásia. A empresa, que é a maior desenvolvedora de chips sem fábrica própria, defende iniciativas que vêm sendo construídas pelos governos americano e europeu de incentivar as indústrias locais de semicondutores. O presidente e CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, comentou o tema durante sua participação no MWC 22, em Barcelona, nesta terça-feira, 1.

“Durante a pandemia, aprendemos que semicondutores são importantes para vender carros, eletrodomésticos, PCs, fones de ouvido e muitas outras coisas que ninguém percebia. Testemunhamos como são essenciais para o futuro das economias de todos os países. A crise de supply chain gera o alerta de que é preciso diversificar geograficamente a produção de semicondutores”, comentou o executivo.

Transporte inteligente

Outro tema abordado por Amon é o desempenho da Qualcomm como fornecedora do setor automotivo. Ele disse que a empresa criou um “chassi digital”, sobre o qual os fabricantes de automóveis podem construir a experiência digital para seus veículos. 

Ele prevê que a próxima fronteira consistirá no que chama de “transporte inteligente”, quando todos os carros, bicicletas, motocicletas, infraestrutura viária (semáforos, placas de trânsito) e pedestres (com seus smartphones) estarão conectados entre si, formando uma rede. “O transporte inteligente é a próxima fronteira. Poderemos chegar ao ponto de zerar os acidentes de trânsito”, previu.