Ao fim de 2015, havia 15 bilhões de aparelhos conectados no mundo, dos quais 7,1 bilhões eram telefones celulares; 4,6 bilhões, terminais de Internet das Coisas (IoT); 1,7 bilhão, PCs, laptops e tablets; e 1,3 bilhão, telefones fixos. Ao longo dos próximos seis anos, a categoria que crescerá mais rapidamente será a de IoT, com uma média de 23% ao ano. Em 2018, ela será a líder, superando pela primeira vez em quantidade os telefones celulares. Em 2021, haverá 28 bilhões de aparelhos conectados no mundo, dos quais 15,7 bilhões serão terminais de IoT, quase o dobro dos telefones móveis, que serão 8,6 bilhões. As estimativas fazem parte da nova edição do relatório de mobilidade da Ericsson, divulgado nesta quarta-feira, 1.

Dentro de IoT é preciso fazer uma distinção entre os aparelhos de acordo com o tipo de conexão usada para o seu tráfego de dados. A esmagadora maioria dos terminais de IoT não usa a rede móvel, mas sim outras formas de conexão, como Bluetooth, Wi-Fi e padrões proprietários de comunicação sem fio. Em 2015, eram 400 milhões de devices IoT conectados às redes móveis e 4,2 bilhões conectados a outras redes. Em 2021, será 1,5 bilhão com redes móveis e 14,2 bilhões sem. Os aparelhos que dispensam redes móveis são geralmente aqueles estáticos em ambientes fechados, onde podem se conectar via Wi-Fi, como eletrodomésticos em uma residência, ou aqueles pareados via Bluetooth com smartphones próximos, como pulseiras de monitoramento de atividades físicas.

No segmento de IoT que requer redes móveis, a Ericsson destaca dois tipos de aplicações: massivas e críticas. As aplicações massivas são aquelas que demandam múltiplos pontos de conexão, mas baixa velocidade de tráfego de dados. São medidores de energia, sensores agrícolas, rastreadores de frotas, sensores em prédios inteligentes, dentre outros. Para a maioria deles, basta uma rede 2G para a transmissão de dados. Hoje, 70% dos módulos IoT em operação no mundo são 2G. As aplicações críticas são aquelas que requerem alta velocidade e baixa latência. Trata-se de carros conectados, carros autônomos, certas aplicações industriais e saúde móvel, especialmente cirurgias remotas. Algumas desses aplicações já podem funcionar hoje em redes 4G, mas outras, como os carros autônomos, só serão possíveis com o advento em 2020 do 5G, tecnologia que terá entre as suas principais características um baixo nível de latência. Esse mercado será puxado principalmente pela demanda de carros conectados na Europa Ocidental, em razão de exigências regulatórias para que todos os automóveis contem com um sistema próprio de alerta em caso de acidente.