À medida que o mercado caminha para mobile money, machine to machine (M2M), cloud computing, LTE, OTT (over-the-top) e social network, surgem enormes oportunidades de negócio. A importância das transações cresce, o número de eventos e o volume de dados explodem, as redes "ALL-IP" e fluxos de comunicação aparecem, novos elementos de rede e sistemas se tornam mais desenvolvidos, os padrões de comunicação se diversificam e o número de entidades e identidades aumentam. O número de parceiros e a complexidade da cadeia de valor aumentam, os modelos de negócio mudam, regimes de preços diversificam e divergem, o aparelho do usuário se torna ainda mais poderoso e o foco passa a ser no aparelho e na gestão de crédito e pagamento.

Essas mudanças também trazem alguns riscos. É fundamental que os operadores de telecomunicações (CSPs) saibam como mitigar esses riscos para preservar sua receita.

Serviços digitais representam uma grande parte da receita de um CSP, e essa participação está crescendo rapidamente. Em virtude disso, é necessário que a operadora tenha um processo de business assurance ativo, onde ela possa gerenciar os riscos e a eficiência de seu negócio, por meio do processamento de eventos complexos e da aplicação de técnicas de análise de informações para extrair valor dos dados, detectar comportamentos relevantes e conhecer o seu cliente.

Tomando machine to machine (M2M) como exemplo, os desafios dentro desse ambiente incluem:

• Margens baixas
• Aumento do número de dispositivos “não humanos” automatizados e conectados
• Enorme quantidade de transações automatizadas
• Ampla cobertura: segmentos de eletrônicos, utilities, saúde, automação predial, gestão de frotas, gestão de inventário, entretenimento, etc.

Um processo de business assurance para mitigar esses desafios deve abordar o seguinte:
• Provisionamento de complexidade: problemas de identidade de entidade, autenticação e autorização; interoperabilidade e consistência entre diferentes plataformas e redes.
• Confiabilidade e QoS: robustez para intrusão; congestionamento da rede não intencional; rastreabilidade; privacidade dos dados.
• Modelo de negócios: monitoramento da cadeia de valor; garantia de custos e margem; parceiros e acordos de interconexão com toda uma gama de diferentes modelos, processos automatizados e controles eficazes de garantia de receita para acompanhar os diferentes fluxos de caixa, capazes de suportar várias linhas de negócio. Isso garante que todas as atividades faturáveis são capturadas, avaliadas e cobradas com precisão.

Nesse cenário, podemos medir os pontos de controle sobre o fluxo "order to cash" para identificar problemas durante o processamento de dados e também para medir a receita repassada ao parceiro juntamente com os custos de comissionamento. Podemos, então, comparar isso à receita total arrecadada pelo operador de telecomunicações, bem como quebrar as informações por produtos e trazer informações estratégicas nas áreas focadas. Finalmente, podemos acompanhar as reclamações do integrador/parceiro. Esses passos nos permitem identificar problemas nos sistemas de rede/cobrança/faturamento.

Esses elementos críticos na abordagem de enterprise business assurance e um processo efetivo de governança de riscos nos permitem examinar uma grande questão: os CSPs podem se dar ao luxo de perder dinheiro com serviços digitais?