Umatch

Cayo Syllos e Bruno Adami, são sócios-fundadores da Umatch. Foto: divulgação

A rede social Umatch (Android, iOS) recebeu recentemente aporte de R$ 900 mil liderado pela e Poli Angels e com participações de Harvard Angels e INSEAD Angels. A startup, que nasceu há pouco mais de um ano, assim como o Facebook lá trás, tem como foco o público universitário. Atualmente, possui 50 mil usuários de mais de 390 universidades do estado de São Paulo e gerou mais de 1,2 milhão de matches. Com o dinheiro, os sócios pretendem melhorar as funções da ferramenta, chegar a outras regiões do Brasil e contratar mais pessoas para o time – estão abertas duas posições para desenvolvedor, duas para engenharia e três para marketing – sendo que a intenção é ocupar a posição de head de marketing com uma mulher. A busca é estratégica para atrair o público feminino.

A Umatch é uma rede social de encontros entre estudantes. Para tornar o ambiente confortável para o público feminino, seus sócios – alunos da Poli-USP – desenvolveram um sistema de segurança para detectar quem não é estudante universitário ou fraudes. A ideia é assegurar que o novo usuário da plataforma esteja vinculado a uma universidade nas cidades onde atua. Para se cadastrar na Umatch é preciso ter um convite cedido por um/a amigo/a já usuário/a ou pela atlética do curso, além de precisar comprovar vínculo com a universidade. O resultado é que 44% do público é feminino.

Como funciona

Umatch

Para reduzir ao máximo o número de contas falsas, o sistema de verificação funciona de forma semiautomatizada. Para os estudantes que possuem email da universidade, a aprovação ocorre de forma automática. Caso não possua um domínio de e-mail, é necessário enviar um documento que comprove o vínculo com a universidade, como boleto ou comprovante de matrícula. As informações enviadas passam por um sistema antifraude que as cruza com os dados de outros usuários da base, a fim de evitar duplicidades. Ao final, o cadastro ainda passa por um crivo humano, antes de ser aprovado na plataforma.

Expansão

Segundo Cayo Syllos, cofundador e chefe de tecnologia da Umatch, a ideia é expandir aos poucos pelo País no início do ano que vem. “Queremos trazer a experiência universitária mais próxima com o app, algo que eles não estão tendo no momento. Tem estudante que nunca chegou ao campus universitário e, com o app, consegue ter um pouco dessa experiência. Expandimos em São Paulo e depois para o interior do estado. Permitimos o cadastro somente desses universitários, mas pensamos em ampliar por região. Vamos aos pouquinhos, explica o executivo.

Para ajudar na expansão do aplicativo, Syllos também aposta no potencial dos eventos presenciais, que deverão se intensificar com o arrefecimento da pandemia de Covid-19. A ideia é que, com o final da vacinação, os estudantes comecem a sair mais e frequentar eventos universitários. Neste caso, o app poderá gerar conexões a partir desses eventos e de geolocalização.

“A Umatch poderia ser usada para encontrar pessoas e os usuários poderiam ter um encontro físico. Rodamos uma pesquisa interna e vimos que grande parte já se sentiria confortável para voltar às festas. Por isso, pensamos em fazer uma integração com os eventos e usar geolocalização para as pessoas se encontrarem”, resume o chefe de tecnologia do app.

Modelo de negócio

A rede social adota a estratégia freemium. A partir de gamificação, o usuário pode usufruir das principais funcionalidades da Umatch sem precisar desembolsar R$ 19,90 mensais pela assinatura. Assim, quanto mais match uma pessoa dá, mais Ucoins recebe – trata-se da moeda do app. As Ucoins são trocadas por benefícios, como, por exemplo, saber quem viu o seu perfil.