O mercado de microempreendedores no Brasil cresce à medida que a crise financeira atua e as vagas de emprego diminuem. No País existem 5,5 milhões de empresas no formato de microempreendedores individuais (MEIs) após dois anos de existência, segundo Portal do Microempreendedor do Governo Federal. No entanto, o nível de inadimplência dessas empresas é alto.

Cerca de 50% dos MEIs estão endividados e a maioria nem sabe como pagar, diz Miguel Galves, CTO e cofundador do QiPu (Android, iOS e Windows Phone), um aplicativo desenvolvido para ajudar o microempreendedor a acompanhar o seu negócio.

O app possui apoio do Sebrae paraa divulgar suas ações e funcionalidades para os MEIs. Dentre suas funções, a plataforma traz a integração com o sistema de Nota Fiscal Eletrônica e sincronização do controle das DAS, imposto que precisa ser pago todo dia 20, além de dar todas as informações e atualizações para o microempresário. “Nós queríamos resolver o problema da burocracia com a mobilidade como ponta de partida”, comenta.

Desde sua criação nas lojas de aplicativos, em abril do ano passado, o Qipu teve 150 mil downloads, 100 mil MEIs cadastrados, 530 mil sessões e 350 mil lançamentos (vendas e despesas) que somam mais de R$ 20 milhões em vendas.

Estrutura e crescimento em 2016

Além de Galves e de um contador, o aplicativo conta com o apoio de um sócio conhecido no meio tecnológico brasileiro: Romero Rodrigues, CEO e fundador da BuscaPé Company. “O Romero ajuda um pouco no dia a dia da operação. Mas ter o apoio dele serviu para divulgar o nosso trabalho e abrir portas”, afirmou o CTO.

De acordo com Galves, o serviço pode ajudar a diminuir a inadimplência em 10%. Para 2016, a empresa espera dobrar a base de usuários do aplicativo. Além de dar os primeiros passos para a monetização dentro do app.

“Temos planos de monetização, mas para o MEI vai continuar gratuito”, explicou Miguel Galves. “Queremos disponibilizar serviços e produtos dentro app. Temos 150 MEIs mil cadastrados, já é uma base razoável. Queremos colocar serviços bancários, de crédito e de certificado digital”.