Apple na Rússia

A Apple suspendeu a venda de seus produtos na Rússia. A decisão, anunciada na última terça-feira, 1, precede o bloqueio de alguns bancos daquele país de usarem Apple Pay – assim como Google Pay, que também bloqueou usuários de alguns bancos russos de pagarem com seus cartões via carteira digital. No momento, ao acessar o site da empresa, os clientes verão os itens “indisponíveis no momento”.

A empresa de Cupertino disse que pausou as vendas de todos os seus produtos e bloqueou o acesso aos meios de comunicação estatais Russia Today e Sputnik da App Store fora do país.

A decisão da Apple de bloquear o Russia Today e o Sputnik veio depois que o Facebook, o YouTube e o TikTok os bloquearam na Europa, enquanto o Google removeu os meios de comunicação estatais russos de seus resultados de pesquisa de notícias.

A Apple também seguiu os passos do Google Maps e desativou as atualizações de tráfego ao vivo em seu aplicativo de mapeamento na Ucrânia, que alguns temiam que pudesse representar um risco para os civis ao destacar áreas lotadas.

Outras empresas também já tomaram atitudes similares, como: a montadora Ford; a Nike, que interrompeu os pedidos por meio do site e app móvel no país; a Boeing, que suspendeu grandes operações na Rússia, bem como o fornecimento de peças, manutenção e serviços de suporte técnico para companhias aéreas russas; além de Walt Disney e Warner Bros, que atrasaram lançamentos de novos filmes na região. E, na última terça-feira, 1, o Snapchat informou que deixaria de exibir anúncios na região.

De acordo com a Counterpoint Research, cujos dados foram divulgados no Financial Times, a Rússia não é um mercado tão relevante para a Apple. O iPhone tem uma participação de mercado de cerca de 15% no país, onde as vendas totais de smartphones atingiram cerca de 32 milhões de aparelhos no ano passado. Isso sugere que os russos compram cerca de 2% dos mais de 220 milhões de iPhones vendidos globalmente a cada ano.