A WinClap, uma empresa de marketing mobile, está reestruturando sua operação para a atuação global, com foco inicial na América Latina. A companhia recentemente contratou para o seu time Alexandra Mendonça como Chief Revenue Officer (CRO) e agora foca em um momento de expansão por meio de suas tecnologias e parcerias. Criada na Argentina em 2014, a empresa angariou US$ 2,3 milhões em três rodadas de investimento.

“Somos uma empresa que usa inteligência artificial e big data para oferecer otimização de marketing. Atuamos, junto aos nossos anunciantes, de forma cross-channel (dados, social e programática)”, disse Mendonça. “Temos outros atributos que talvez uma agência tradicional de marketing não tenha, como a tecnologia. A gente tem a missão de transmitir ao ecossistema de marketing as melhores práticas com base em transparência e compartilhamento de informações”.

Parceira de empresas como Adjust, Bidalgo, Liftoff e Unity, a WinClap permite ligar todas as pontas de uma campanha de marketing mobile para dar informações relevantes para tomada de decisão. Em seu serviço, a empresa junta esses dados, e, antes de o cliente optar por investir em uma mídia, a solução apoia o anunciante com informações para ele direcionar os investimentos da melhor forma possível.

“Um dos nossos atributos é a equipe dos growth managers (gerentes de desenvolvimento, na tradução livre do inglês). Ela é até maior que a equipe de vendas”, relata a executiva, em relação ao modelo de negócios.

Atualmente, a WinClap possui aproximadamente 20 clientes, como Rappi, Mercado Pago, Gazeus, Decolar, Syntonic e Telefónica. Em uma campanha com a OLX, a empresa evitou o gasto de US$ 40 mil depois de analisar os melhores custos em mais de 15 fontes de mídia.

Para o futuro, Mendonça vê espaço para trabalhar mais próximo dos anunciantes latino-americanos, em especial pela relação que possui com Bidalgo, um parceiro premium do Google e do Facebook que atua em captação de usuários. Mas ressaltou que existe um processo de amadurecimento na região, como em relação ao combate à fraude.

“O Brasil, por exemplo, é um mercado maduro em publicidade digital ante outros países da América Latina. Mas cada cliente está em estágio diferente. É muito player oferecendo serviços e produtos interessantes, mas se a equipe não estiver bem munida para usar essa gama de dados, não aproveitará todo o seu potencial”, frisou. “Quem não está com o tripé (atribuição, aquisição e retenção) em mente, talvez não valha a pena ser nosso cliente”.