A performance é o principal item em um smartphones para 26% dos usuários brasileiros. Conforme uma pesquisa da IDC revelada nesta quarta-feira, 2, o desempenho de um handset chega a ser mais importante, em critério de escolha, que o seu preço (16%), usabilidade (15%), melhor câmera (8,6%) e bateria (7,8%).

A análise ainda demonstrou que 34% das pessoas disseram que podem pagar um pouco mais pelo seu próximo smartphone, 29% querem comprar com o mesmo preço pelo qual compraram o aparelho atual e 20% desejam um celular melhor, mas esperam pagar menos.

Outra necessidade apontada pelo estudo demonstra a contínua atualização dos aparelhos, com uma substituição de 69% da base brasileira em 2016. Na visão de Reinado Sakis, gerente de pesquisas da IDC Brasil, o brasileiro vê o smartphone como uma "necessidade de compra", mas espera o momento mais oportuno para trocá-lo.

Os dados do comportamento de consumidores de smartphones são similares entre os clientes de tablets, com 30% de seus usuários preferindo a performance, seguido por facilidade de uso, apontada por 22%.

No Brasil, a pesquisa da IDC feita em parceria com a Qualcomm foi realizada com 385 entrevistados acima de 18 anos, donos de smartphones, moradores em São Paulo e Rio de Janeiro. Desses, 57% afirmaram que possuem um tablet.

Wearables e dispositivos conectados

Um dado importante da pesquisa do IDC demonstra que, embora apenas 4% das pessoas tenham um wearable, 68% afirmaram que devem comprar um smartwatch no próximo ano. Porém, 52% não sabem “o que é ou para que serve um wearable”.

“A tecnologia wearable já existe no Brasil, o mercado de dispositivos vestíveis no Brasil já corresponde a US$ 20 milhões. Mas a tecnologia precisa ser explicada”, afirmou Sakis. “O usuário ainda não sabe porque deve usar um wearable, mas sabe que quer comprá-lo.”

Dentro do universo de usuários dos dispositivos vestíveis, 35% afirmaram que o wearable lhes ajuda a serem mais produtivos.  10% dos entrevistados disseram possuir algum outro aparelho em casa conectado à Internet: neste gruupo foram citados videogame (48%), câmeras de segurança (17%) e Smart TV e acessórios (8%).

IoT e Governos

A pesquisa também incluiu entrevistas com 150 gestores (CIO, CEO e gerentes) de companhias com mais de 100 funcionários e com 15 representantes de provedores de serviços e softwares, start-ups, universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento que fazem negócios com o governo para avaliar as perspectivas de IoT, adoção de mobilidade e outras inovações tecnológicas no Brasil com base em entrevistas com

57% das empresas entrevistadas dizem que estão familiarizadas com o conceito do IoT, mas apenas 27% delas possuem planos de implantação de algum projeto do gênero, como a adoção de sensores. E 93% afirmam que investem em algum projeto de inovação, sendo os mais citados: Cloud Computing (53%) e mobilidade para o empregado (68%). Internet das Coisas teve apenas 7%.

"O Brasil representa 2% do PIB e 2% do mercado de TI e hardware mundial – US$ 1,95 bilhão. Mas em Internet das coisas nós somos apenas 0,5% – US$ 3 bilhões – do mercado mundial", disse Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm na América Latina. "No Brasil, ainda é muito devagar a adoção de novas tecnologias".

Dos representantes que negociam com o governo brasileiros, 67% consideraram que os órgãos públicos interessam-se pela melhoraria de serviços em IoT, mas os projetos devem ser implementados. E em uma escala de 1 a 5, a maturidade do governo com serviços de mobilidade ficou em nível 2, pois os entrevistados acreditam que existam mais possibilidades de melhorias.