As concessionárias de serviços e as empresas do setor de agronegócios são as que mais estão avançadas em Internet das Coisas (IoT) no Brasil. Hoje, 45% e 30% dos entrevistados da pesquisa feita pela Logicalis em agrobusiness e utilities, respectivamente, têm alguma espécie de projeto em IoT. Feito com 172 executivos brasileiros, o estudo mostra que 56% dos empresários de agro veem os investimentos em IoT como uma decisão estratégica, enquanto 44% acreditam que há comprovação de retorno sobre o investimento (ROI).

Quando questionado por esta publicação sobre os desafios que o campo apresenta, Rodrigo Parreira, CEO da Logicalis, aponta questões como conectividade e padrões de rede: “Existe uma barreira enorme que é a conectividade no campo. E em padrões de rede, não existe uma clara dominação na indústria para este ou aquele padrão. O Lora começa a ganhar apoio, mas ainda não é certeza que vai ser o escolhido”.

Questionado pelo Mobile Time sobre quais conceitos podem ser vistos como expoentes em IoT, o executivo citou sensores de máquinas no campo, uso de drones em plantações, utilização de georreferência para evitar roubo de gado, manutenção preditiva em fábricas, operação de manufatura automatizada através dos dados e análise de comportamento de consumidores no varejo.

Outro obstáculo para as empresas que investem em IoT, na opjnião do CEO da Logicalis, é a segurança, com poucas empresas olhando para a sua proteção. Além disso, Parreira apontou outros setores que podem crescer com Internet das Coisas.

“Acredito que para as operadoras de telecom parece mais claro o investimento em IoT. E acredito em empresas como as nossas, integradoras de tecnologia, que vão prover a entrada desses serviços” , afirmou Parreira.