A TIM assinou um contrato nesta segunda-feira, 3, para iniciar operação de uma usina de biogás de resíduos sólidos urbanos com 5 MW de potência para autoconsumo remoto. De acordo com a operadora, a alimentação de energia funcionará ainda em 2018.

Ao todo, a planta atenderá a 864 sites na área de concessão da distribuidora Eletropaulo (que anunciou também nesta data a mudança de nome para Enel Distribuição São Paulo) na capital paulista. A TIM afirma que se trata da primeira usina do tipo, e que também será a primeira telecom a utilizar biogás para gerar energia dentro de um grande centro urbano com objetivo de abastecer a própria infraestrutura.

O objetivo da empresa é atingir uma proporção de 60% de sua matriz energética proveniente de fontes de energia renovável, como solar, eólica, biogás e central geradora hidrelétrica (CGH). Com isso, estima-se uma economia de até 22% no custo da energia. No longo prazo, até 2032, o objetivo é reduzir os custos pela metade.

Atualmente, a operadora conta com 18% de sua matriz energética proveniente de energia renovável. Este projeto com fontes energéticas menos poluentes começou em 2012 com contratos para 37 das 66 plantas industriais elegíveis, incluindo data centers.

Por sua vez, o autoconsumo remoto começou com a entrada em operação do projeto-piloto em Minas Gerais em dezembro do ano passado e com objetivo de suprir mais de 1 mil instalações. Após concorrência, houve arrendamento de cinco usinas CGHs que passaram a fornecer energia para 1,2 mil sites na área de concessão da Cemig.

Além da alimentação dos sites em São Paulo, a TIM também promove uma concorrência para alimentar mais de 11 mil antenas de sua infraestrutura por meio de geração distribuída de energia, para autoconsumo remoto. O projeto prevê 12,3 mil instalações em 22 estados, algo que representa 68% do total da infraestrutura elegível do grupo e consumo de 317 GHw/ano.

Em comunicado, o vice-presidente de recursos corporativos da TIM, Bruno Gentil, afirmou que a operadora conta com mais de 15 empresas envolvidas nesses projetos. “O ganho financeiro é secundário, a redução de custo é consequência do propósito maior, que é tornar a TIM uma empresa cada vez mais sustentável, utilizando energia de fontes renováveis e que não sejam oriundas do mercado cativo”, declarou.