5G

O 5G deve virar realidade no Brasil com os primeiros sinais de investimentos e usos em 2021. De acordo com estimativa prévia apresentada pela IDC nesta quinta-feira, 4, os negócios na tecnologia de quinta geração das redes de celulares contribuirão para uma receita de US$ 2,7 bilhões no Brasil neste ano.

“Em 2020 não existiam elementos para o 5G ser realidade. Mas agora, em 2021, teremos o necessário para o início da massificação desta tecnologia no Brasil. Estamos falando do leilão e da implementação de larga escala das redes. O 5G será impulsionador de outras tecnologias. No começo da adoção, a ênfase será no B2B”, afirma Luciano Saboia, gerente do IDC em pesquisa e consultoria para telecom e TIC.

O executivo explica que os investimentos no 5G no País serão puxados pelo mercado corporativo, com aplicações e usos de caso em inteligência artificial, realidades virtual e aumentada, big data e analytics, cloud, segurança e robótica: “No começo da adoção (do 5G), a ênfase será no B2B. Não será apenas a conectividade, ele entra como um rompimento de barreira da conectividade”, explica Saboia.

Questionada se a previsão da IDC considera os aspectos regulatórios do leilão de 5G, como a necessidade de equipamentos para o release 16 do 3GPP, vide 5G standalone (SA), Saboia diz que sim. Mas reafirma que uma grande parcela desse universo a ser explorado virá de redes privadas.

Vale dizer que a análise tem base em uma pesquisa anual que a empresa faz com mais de 500 empresários. Esse estudo ainda está em desenvolvimento e deve terminar no final de fevereiro.

Edge e conectividade

Outros cenários de investimento em telecomunicações que Saboia aponta são em edge computing e conectividade. Na computação de borda, a expectativa é de um crescimento de 16% ao ano (CAGR) entre 2019 e 2023 com oferta de soluções na ponta, como automação e otimização de processos.

Por sua vez, a conectividade tem como vertente de aceleração a transformação digital nas empresas, em decorrência dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Dito isso, a expectativa do IDC é que 70% das empresas substituirão redes legadas para focar em modelos operacionais digitais (baseados em nuvem e mobile) em 2021. Na prática, o gerente da IDC explica que isso significa mais automação, colaboração e compartilhamento de conteúdo.