O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) lançam nesta terça-feira, 4, o 5G Open Labs Brasil, primeiro laboratório aberto para o desenvolvimento de aplicações e testes de software para redes móveis de quinta geração do País. O projeto conta ainda com outras instituições de ensino e pesquisa parceiras por meio do Ines (Instituto Nacional para Engenharia de Software).

O Open Labs faz parte da Agenda 5G, programa criado pelo governo com o intuito de desenvolver um ecossistema nacional para aplicações integradas das novas tecnologias nos setores público e privado. O laboratório de Pernambuco – desenvolvido com recursos do MDIC e com coordenação do Centro de Informática da UFPE – é o piloto de um projeto cuja intenção é ganhar escala nacional.

“A ideia, a partir daqui, é justamente buscar aferir esses resultados. Se estiver funcionando, vamos promover a adoção de parcerias para projetos semelhantes pelo restante do País, sempre buscando a identificação dos centros em que há as potencialidades adequadas e as capacidades, em que os projetos e as políticas públicas façam sentido”, contou Luiz Gondin, diretor de Transformação Digital, Inovação e Novos Negócios do MDIC, no evento de lançamento.

O laboratório será um hub de inovação aberta com cooperação de vários atores do ecossistema 5G nacional: operadoras, provedores de nuvem, fornecedores de equipamentos, empresas do setor TIC, indústrias verticais, startups, governo e academia. Os primeiros parceiros privados do projeto são Claro, TIM e Motorola, mas ficará aberto a novos participantes.

O 5G Open Labs terá 20 bolsistas dedicados ao desenvolvimento de uma aplicação voltada para a rede móvel de quinta geração a ser definida nas próximas semanas. Esta solução será escolhida a partir de uma consulta feita pelo MDIC a diferentes órgãos do governo federal, que entregarão sugestões de propostas. O resultado final deverá ser entregue em novembro de 2023.

“As primeiras demandas que nós temos no laboratório são relacionadas ao governo, na esfera da administração direta e indireta”, disse Kelvin Lopes Dias, da coordenação da Pesquisa e Gerenciamento do Projeto da UFPE, sem dar muitos detalhes. “À medida que os primeiros ambientes experimentais surgirem em relação à próxima geração, o 6G, nós vamos estar preparados para conduzir o desenvolvimento de software que o 6G vai viabilizar”, antecipou sobre o futuro do projeto.