A Conexa chegou a 20 milhões de vidas eletivas em sua plataforma, o que representa 40% da cobertura feita por operadoras de saúde, considerando que, ao todo, 51 milhões de pessoas têm acesso a planos de saúde. Ao todo, a healthtech oferece seus serviços a 577 empresas e operadoras de saúde do Brasil. Seu crescimento está diretamente atrelado à pandemia de Covid-19 e, consequentemente, à regulação da telessaúde no Brasil, em 2022.

Atualmente, a Conexa oferece mais de 30 especialidades médicas e seus profissionais realizam mais de 400 mil consultas por mês, sendo 180 mil em saúde mental. Ao todo, são 7 mil profissionais de saúde credenciados na plataforma.

Vale dizer que, no segundo semestre de 2023, a Conexa adquiriu o Zenklub, aplicativo voltado para a saúde mental e bem-estar e, em dezembro do mesmo ano, o Vivo Ventures, fundo da Telefônica, anunciou aporte de R$ 25 milhões na healthtech e, com isso, adquiriu uma fatia da empresa.

Pronto atendimento virtual

O Pronto Atendimento Virtual da Conexa tem um tempo de espera para consultas emergenciais de 4 a 6 minutos e, para consultas programadas com especialistas, o prazo médio é de três a quatro dias.

De acordo com o primeiro relatório anual Saúde Integral Conexa feito pela empresa com dados extraídos da plataforma e apresentado nesta quinta-feira, 4, do total de consultas, aproximadamente 88% delas são resolvidas por meio de telemedicina e são 66 mil consultas por mês no PA Virtual.

Do total, 94% dos pacientes receberam alta pelo PA Virtual e somente 6% foram encaminhados para o Pronto Socorro físico. E, destes 94%, 10% foram ao PS físico mesmo tendo recebido alta, e 90% resolveram seu problema sem ir ao PS físico.

O estudo aponta que uma consulta virtual tem um custo seis vezes menor do que uma presencial para a operadora de saúde.

Analytics

A plataforma de gestão da Conexa reúne em um dashboard com inteligência de saúde aplicada os dados coletados dos pacientes. São informações sobre a saúde física dos usuários que são cruzadas com a jornada de saúde. A ideia com isso é saber se a pessoa fez o exame que deveria, fazendo, assim, um acompanhamento individualizado. O dashboard de health analytics ajuda também empresas a entenderem o que acontece com a saúde de seus colaboradores e como eles usam o sistema.

A plataforma recebe dados do prontuário, do paciente, da saúde ocupacional (exame periódico ou ocupacional) e de sinistralidade do plano de saúde. Ou seja, se a pessoa usuária fez um exame, essa informação vai para a plataforma (sem o seu resultado). “A gente ajuda o paciente a lembrar de fazer o exame, a se cuidar, a conectá-lo com o médico quando vemos que ele fez o exame”, explica Gabriel Garcez, diretor de saúde.

O sistema também auxilia a Conexa a se preparar para possíveis aumentos de surtos de doenças específicas. Foi capaz, por exemplo, de identificar um aumento no número de PA Virtual em fevereiro deste ano, quando, de 1 mil consultas realizadas, 57,2 eram de casos suspeitos de dengue, o que representa um aumento de 718% na comparação com o mesmo mês do ano passado – quando havia sete pacientes a cada 1 mil com a doença.

O health analytics também constatou aumento nos casos de dengue entre os meses janeiro e fevereiro deste ano de 245% em comparação com o mesmo período de 2023.

Com os dados populacionais em mãos, dá para se preparar ainda mais para o atendimento, criar protocolos em cima de bons resultados de tratamento e de medidas preditivas para o agravamento das doenças”, resume a Conexa em seu relatório.