A Beenoculus, empresa brasileira que cria dispositivos e tecnologia em realidade virtual (VR, na sigla em inglês), lançará em breve um novo óculos de realidade virtual com plástico verde por R$ 99 – o modelo atual do óculos da empresa é vendido em seu site por R$ 159.

O novo óculos é produzido em parceria com a petroquímica Braskem. Além do óculos, a start-up lançou no último mês uma plataforma para desenvolvimento de aplicações e possui um projeto de laboratório de realidade virtual para escolas avaliado em R$ 100 mil. Com a nova a plataforma, a empresa espera passar de 10 mil para 30 mil usuários em pouco tempo.

Rawlinson Terrabuio, CMO e cofundador da Beenoculos, revelou ao Mobile Time que a empresa recebeu um investimento de R$ 20 milhões de um anjo e, caso cumpra o plano de metas, esse investidor ainda deve comprar mais uma parte do negócio. Atualmente, a empresa conta 15 funcionários locados na sede em Curitiba e o CMO fica instalado no espaço de coworking do Itaú, Cubo.

Questionado durante sua palestra sobre a concorrência com Google, Samsung e Oculus em realidade virtual, Terrabuio disse não estar preocupado, pois o foco dos negócios de seus rivais é outro. "Nosso core business é a educação. Não é o foco da Samsung que quer vender smartphone e o Gear VR é um bônus. E a Oculus tem foco na criação de uma rede social e games em VR", disse.

Criado em 2014, o Beenoculus ganhou destaque nos Estados Unidos durante a CES 2015, principal feira de tecnologia dos Estados Unidos. Desde então, a start-up passou a desenvolver não apenas o óculos, mas todo um sistema de desenvolvimento de conteúdo audiovisual com câmeras em 360º e computação gráfica.

Além da aposta em educação, a companhia tem uma parceria com o Palmeiras para a divulgação de conteúdo do time de futebol e possui conversas avançadas com grandes veículos da mídia brasileira para lançar conteúdo de VR em modelo similar ao New York Times.