O Itaú realizou ao longo de seis meses, entre novembro de 2024 e abril deste ano, mais de 3 milhões de consultas à API de Know Your Customer (KYC) do Open Gateway.

Essa API permite que o banco verifique se um número telefônico pertence a um determinado CPF, informação que é confirmada ou negada pela operadora móvel na qual o número está ativo. Também é possível checar nome, endereço e email a partir dos dados cadastrais das teles. Cabe ressaltar que as operadoras não fornecem esses dados, apenas respondem se de fato estão associados ao número consultado.

O Itaú tem um contrato com a Vivo para uso de APIs do Open Gateway. Esse contrato é “multitelco”: a partir dele, com ajuda da Infobip como integrador parceiro da Vivo, o banco acessa APIs das outras operadoras brasileiras. Esse número de 3 milhões de consultas à API de KYC em seis meses compreende as três teles que a disponibilizam no Brasil – Claro, TIM e Vivo.

O banco desenvolveu uma plataforma interna para gerir as chamadas às APIs do Open Gateway batizada como IU Open Gateway. A empresa usa também as APIs de SIM Swap, device status, device location e number verification. Somente com a de SIM Swap o Itaú realiza 5 milhões de chamadas por mês, novamente somando as três teles.

Itaú testa Scam Signal, Tenure e Quality on Demand

Outras três APIs do Open Gateway estão sendo testadas pelo Itaú com a Vivo: Scam Signal, Tenure e Quality on demand.

A Scam Signal informa se um determinado número telefônico encontra-se em uma ligação e há quanto tempo. Também diz se a chamada foi originada ou recebida pelo número. Isso é útil caso o banco identifique uma transação suspeita, que possa ser fruto de um golpe contra o seu cliente, como nos casos em que o golpista liga para a vítima e a engana com alguma história que a leva a fazer uma transferência.

“Alguns bancos chegaram a implementar algo parecido dentro de seus apps. Mas a Scam Signal é mais abrangente, pois o usuário pode não estar com o app aberto na hora do golpe”, comenta Leonardo Silva, head de B2B Messaging, CPaaS e Open Gateway da Vivo, em conversa com Mobile Time.

A Tenure, por sua vez, informa há quanto tempo aquela linha está com aquela operadora e se está em um plano pós ou pré-pago, dados que contribuem para mitigar fraudes. “É como nos talões de cheque de antigamente, em que era informado há quanto tempo a pessoa era cliente do banco”, compara Silva.

Por fim, a API de Quality on Demand permite priorizar o uso do aplicativo do Itaú ou de determinadas funcionalidades dele dentro da rede da operadora. Ela vem sendo experimentada desde o ano passado e apresenta bons resultados, conforme noticiado por Mobile Time.

Cabe lembrar que essas outras três APIs ainda não são oferecidas por todas as grandes operadoras no Brasil. Cada tele sem o seu roadmap de lançamento do Open Gateway.

A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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