Está na hora de competir por nível de serviço, não por quantidade de Gigabytes ou preço, afirmou o CEO da TIM, Pietro Labriola, durante a teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre, nesta quarta-feira, 4. A estratégia da operadora se reflete em seus números operacionais e financeiros: embora sua base de clientes tenha diminuído, sua receita por assinante melhorou.

Em um ano, a base de clientes da TIM diminuiu 6,2%, baixando de 54,5 milhões para 51,2 milhões, na comparação entre setembro de 2020 e setembro de 2019. A redução foi puxada por uma queda de 11,6% no pré-pago, enquanto no pós-pago houve aumento de 2,3% na base.

Em compensação, a receita média mensal por usuário (ARPU, na sigla em inglês) cresceu 6,3% no mesmo intervalo de um ano, passando de R$ 23,9 para R$ 25,4. No pós-pago humano (ou seja, excetuando as linhas em máquinas), o ARPU aumentou 4,5%, passando de R$ 44,1 para R$ 46,1. No pré-pago, o crescimento foi de 9,4%, de R$ 12 para R$ 13,1.

“No pré-pago, aumentar adições líquidas não necessariamente melhora a receita. O mais importante é aumentar a frequência de recargas e o seu valor médio. Estamos conseguindo as duas coisas”, comentou Labriola. A operadora informa que já recuperou o mesmo patamar que registrava em janeiro fevereiro, antes da pandemia, tanto em proporção de usuários pré-pagos que realizam recargas quanto em valor de recarga. E a expectativa é de crescer no último trimestre do ano. “Outubro será o melhor mês dentre os últimos quatro, mas de forma sustentável e racional, focando no ARPU e na qualidade do serviço”, previu o executivo.

Entre as razões para a recuperação no pré-pago, a empresa aponta o lançamento em agosto de um programa de fidelidade para esse segmento, batizado de TIM + Vantagens. Em pouco mais de dois meses, o aplicativo do programa superou 1 milhão de downloads e registrou engajamento de 47% da sua base.