O CEO do iFood (Android, iOS) e da Prosus na América Latina, Diego Barreto, afirmou que a companhia mira estar em outro patamar dentro de três anos, chegando à marca de 200 milhões de pedidos por mês em 2028. Hoje, a companhia registra 120 milhões de pedidos por mês. Em número de usuários a expectativa é passar de 55 milhões para 80 milhões de clientes no mesmo período.
O executivo afirmou que parte desse aumento acontecerá graças às parcerias firmadas recentemente, como aquelas com Sympla, Decolar, Uber e CRMBonus. “Todo esse movimento é focado em uma única coisa: o crescimento”, disse. “Não vamos abrir IPO. Não vamos vender a empresa”, completou.
Juntos, iFood e restaurantes movimentaram R$ 140 bilhões em 2024, 26% de aumento contra 2023, o que equivale a 0,64% do PIB nacional, 1 milhão de empregos diretos e indiretos e 1% da população brasileira no último ano, algo que foi enfatizado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em vídeo gravado para o evento iFood Move, realizado nesta terça-feira, 5.
“Apenas em 2024, de acordo com a FIPE, o iFood contribuiu para gerar 1 milhão de postos de trabalho direto e indireto. O iFood não alimenta apenas quem usa o app para fazer o pedido, mas milhões de trabalhadores e trabalhadoras que se beneficiam deste segmento da economia”, afirmou Alckmin.
Investimentos do iFood
Vice-presidente Geraldo Alckmin por vídeo (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)
Em 2023, o iFood investiu R$ 10,3 bilhões. Em 2024, foram R$ 13,6 bilhões em 2024. Entre junho de 2025 e março de 2026 serão R$ 17 bilhões, sendo que R$ 6 bilhões direcionados aos restaurantes. Em conversa com jornalistas, Barreto ainda afirmou que perto de R$ 1 bilhão serão voltados a proteção e infraestrutura, como a expansão de pontos de apoio. “Temos centenas e vamos dobrar, em busca de um melhor relacionamento com os entregadores”, prometeu.
Outros R$ 500 milhões serão destinados para investimentos em startups. O executivo não confirmou se há negociações em curso para a aquisição da Alelo.
A companhia informou que vai contratar mais 1,1 mil pessoas até março de 2026, alcançando 8,6 mil funcionários, um aumento de 19% em comparação com o que tinha no fim do primeiro trimestre deste ano.
Futuro do iFood são os dados
Outro foco que Barreto tem em sua agenda como CEO do iFood e da Prosus na América Latina é a “criação de um ecossistema que tem um altíssimo nível de integração no nível de dados para gerar inteligência”. Ele pretende promover a integração de dados entre as empresas aportadas pela holding holandesa na região.
“O meu grande foco aqui está na integração hoje de (dados) entre Decolar, iFood, Sympla e CRM Bônus. No momento que eu puder fazer isso, o que eu espero é ter um nível de inteligência para trabalhar com o consumidor no varejo em outro patamar”, complementou.
Em palestra durante o iFood Move nesta terça-feira, 5, o executivo afirmou que podem alcançar uma base de mais de 100 milhões de usuários considerando as quatro empresas que possuem investimento e mais a recente parceria que fecharam com a Uber.
Diego Barreto, CEO do iFood, apresentando investimentos da empresa para 2025/2026 em comparação com os últimos anos (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)
