Rachel Barger, VP da Cisco para as Américas (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

A vice-presidente da Cisco nas Américas, Rachel Barger, afirmou que a inteligência artificial está no centro da estratégia da companhia. Em conversa com Mobile Time na última quarta-feira, 5, a executiva afirmou que a empresa analisa com prudência o uso da IA, uma vez que tem uma série de implicações.

Contudo, Barger afirmou que a fornecedora tem uma “tremenda oportunidade” no uso da inteligência artificial em seus equipamentos de redes e software. Complementou ao dizer que a Cisco está “em uma posição única para tirar proveito” dos dados e da inteligência artificial, uma vez que a qualidade de output da IA está ligada diretamente ao input, que, neste caso, pode vir de soluções como o ThousandEyes, que analisa e alerta sobre anomalias em uma rede.

“Neste ponto, eu sinto que temos uma vantagem realmente única que nós podemos aproveitar. Estamos tentando anexar a inteligência artificial a cenários que capacitam as empresas a fazer as tarefas com mais rapidez e eficiência. Olhar grandes volumes de dados e separar ruído de alertas de ameaças reais”, afirmou a executiva. “Esse é um benefício para os trabalhadores, pois permite a eles se concentrarem em tarefas de valor diferenciadas, que exigem pensamento humano profundo, no lugar das tarefas mundanas”, concluiu.

Um caminho do futuro da companhia com inteligência artificial veio da palestra de Eric Knipp, VP em engenharia de sistemas da Cisco nas Américas, durante o evento Cisco Connect Brasil na última quarta-feira. O executivo explicou que a empresa usa a inteligência artificial para predição nas redes, segurança e sustentabilidade (net zero), mas pretende caminhar no futuro para computação quântica, descentralização de aplicações, IA generativa e ética.

Software ou hardware?

Com o caminho da Cisco mais voltado ao software, a executiva respondeu se a companhia ficará menos voltada ao hardware. Em sua visão, um ajuda o outro. “Estamos ajudando nossos clientes a serem mais inovadores para permanecer na vanguarda das atualizações e para dar a eles mais oportunidades de automatizar. Acho que é ‘um mais um’, e isso é algo que as pessoas me perguntam muito porque venho de um histórico de software”, explicou Barger.

“Em resumo, acho que é o software tornando o hardware melhor, estendendo os recursos, dando mais opções ao cliente, ajudando-os a permanecer na vanguarda, dando oportunidades aos clientes e nossos parceiros de ampliar e inovar a partir do hardware”, complementou.