Esta semana aportou em São Paulo o InDriver (Android, iOS), aplicativo de transporte individual para competir com 99, Cabify, Uber, entre outros. Atuando desde novembro do ano passado em 24 cidades de 17 estados brasileiros, o app é uma empresa russa, com sede em Nova Iorque, criada em 2012 a partir de uma página da rede social Vkontakte. Os participantes da página “motoristas independentes” publicavam pedidos de viagens com os valores que queriam pagar. A ideia evoluiu e hoje é um aplicativo com mais de 29 milhões de usuários, usado em 200 cidades de 25 países.

O InDriver é diferente de seus concorrentes. Ao determinar locais de partida e de chegada, o app gera uma estimativa de valor para a corrida. Cabe ao passageiro decidir, a partir desse preço, quanto deseja pagar. Depois de estipular o valor, a corrida aparece na tela dos motoristas, que aceitam ou não e, em seguida, começa uma negociação de preços entre as partes. O cliente, então, recebe uma lista daqueles profissionais que disseram sim para fazer a viagem. Com a lista no app, o usuário começa uma negociação de valores. Também estará à sua disposição a nota do motorista (dada pelos usuários), além de modelo e marca do carro.

Anastasia Vilas Boas, gerente de marketing e operações da InDriver no Brasil, explicou que a plataforma gera um parâmetro de preço, calculado pelo algoritmo a partir de diferentes fatores, entre eles distância e tempo. “Mas o aplicativo não permite que o usuário coloque valores muito distantes da realidade, como R$ 1. A ideia é ser uma plataforma justa para os dois lados”, completou.

Pagamentos

Outro diferencial do InDriver é a forma de pagamento. Tanto entre motorista e usuário, quanto entre profissional e aplicativo. Atualmente, o app não interfere diretamente no valor final da corrida. O cliente paga ao motorista em dinheiro ou em cartão, por meio da maquininha de POS do próprio profissional, aquele valor previamente acordado.

“Os cartões de débito e crédito têm taxas altas, por isso não começamos com eles”, explicou Villas Boas. De qualquer forma, a InDriver deverá adotá-los em algum momento.

Para o motorista fazer parte do roll de profissionais do InDriver, ele precisa pagar um valor que servirá de crédito para que ele faça as viagens. Cada corrida é descontada uma porcentagem a partir do valor final do percurso, que vai variar de acordo com a cidade e seus impostos. Para se ter uma ideia, tudo indica que em São Paulo capital ficará entre 9% e 12%. Assim, por exemplo, se uma corrida custa R$ 10, ele precisa ter crédito de R$ 1,20. “Essa taxa depende dos impostos de cada município. Mas não teremos taxas escondidas. Nosso preço é limpo, sem segredos”.

O valor pré-pago poderá ser feito com cartão ou boleto bancário.

O aplicativo conta ainda com um campo de observações. Caso o passageiro precise de um carro grande, é necessário especificar ali. A área é livre e o cliente pode colocar o que desejar, como cadeirinha para bebê. Mas vale lembrar que são raros os carros equipados com o acessório.

Cidades

Atualmente, o InDriver encontra-se presente nas seguintes cidades: Belém (PA), Macapá (AP), São Luiz (MA), Aracaju (SE), Feira de Santana (BA), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Recife e Caruaru (PE), Teresina (PI), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Juiz de Fora (MG), Florianópolis (SC), Curitiba e Londrina (PR), Porto Alegre e Pelotas (RS).

Em São Paulo, já chegou a Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba (SP). Na capital paulista, mesmo sem ter sido lançado oficialmente ainda (a operação está na fase de testes), já conta com 20 mil motoristas inscritos.

Em Belo Horizonte, o app também está em fase de testes e, em breve, deve chegar no Rio de Janeiro.