A base brasileira de serviço móvel pessoal (SMP) voltou a crescer em novembro do ano passado, segundo dados divulgados pela Anatel e fornecidos pelas próprias operadoras. As mesmas tendências observadas ao longo do ano no mercado de celulares se repetem: a tecnologia LTE e o M2M são as únicas que ainda adicionam acessos, e o pós-pago (que contabiliza tanto o pós puro como os planos do tipo controle) – com seu melhor desempenho desde dezembro de 2018) – é a modalidade de pagamento que tem ganhado a preferência do brasileiro.

Possivelmente já com algum efeito das promoções da Black Friday, em novembro o pós-pago mostrou sua força com a adição de 1,166 milhão de acessos em comparação a outubro (o melhor desempenho desde dezembro de 2018), um avanço de 1,09%, totalizando assim 108,626 milhões de conexões. Esse tipo de acesso representa 47,54% do total da base brasileira. O pré-pago tem ainda a maioria, com 52,46%, mas vem sofrendo quedas sucessivas – somente neste mês, foram 881,7 mil desligamentos (0,73% de redução), totalizando assim 119,849 milhões de chips.

Os números correspondem à previsão feita por este noticiário em junho do ano passado. Continuando com essa tendência, é possível que a base brasileira de pós-pago seja maior do que a de pré-pago justamente entre outubro e novembro deste ano, embora seja possível que a Anatel só apresente esses dados em 2021. A expectativa é de que, ao contrário do que ocorre atualmente, mais de uma empresa tenha o mix balanceado desta forma. Isso já está para acontecer.

No recorte dos principais grupos em novembro, a Vivo ainda é a única operadora que tem mais acessos pós-pagos do que pré-pagos, com respectivamente 42,858 milhões e 31,455 milhões de acessos. A Claro sozinha tem 27,157 milhões de linhas pós e 29,054 milhões de linhas pré, mas se considerar a incorporação da Nextel o mix da companhia passa a ser positivo, com 30,631 milhões de acessos em pós e 29,111 milhões em pré-pago.

Confira abaixo o mix das quatro maiores operadoras, considerando a Claro ainda sem a Nextel (afinal, a aprovação da operação final só foi resolvida no apagar das luzes de 2019).

Tecnologias

Desde outubro, a base brasileira de SMP vem crescendo, graças ao 4G e ao M2M. E em novembro esse crescimento foi o maior desde novembro de 2017, com 284,4 mil adições líquidas, ou 0,12% de avanço em um mês. No total, são 228,476 milhões de linhas ativas no Brasil em novembro.

Mais uma vez, os responsáveis pelo crescimento da base foram o M2M e o 4G, que voltaram a apresentar os únicos números positivos no comparativo mensal. No caso do LTE, foram 2,182 milhões de adições, um avanço de 1,45%, totalizando agora 152,853 milhões de chips.

Entre os grupos, o maior crescimento líquido no mês foi o da Vivo, com mais de 950 mil adições, um avanço de 2%. A companhia continua a liderar no 4G, com 31,64% do mercado, ou 48,368 milhões de acessos. A TIM vem em segundo ao acrescentar cerca de 550 mil conexões (avanço de 1,45%), total de 38,531 milhões de acessos. A Claro adicionou por volta de 350 mil acessos (aumento de 0,97%) e encerrou novembro com 36,445 milhões de chips LTE. Já a Oi adicionou 290 mil linhas (1,18% a mais que em outubro) e totalizou 24,789 milhões de acessos.

Os acessos M2M, agora consolidados pela Anatel, avançaram 660,3 mil conexões em novembro, alta de 3,58%. Somados os dois antigos tipos de comunicação máquina-a-máquina (Padrão e Especial), foram 19,128 milhões de conexões no mês.

Por sua vez, o 2G e o 3G continuam a cair. No primeiro caso, a redução mensal foi de 1,26%, totalizando ainda 30,453 milhões de linhas. O 3G já deverá encerrar o ano com menos de 45 milhões de acessos – em novembro, eram 45,169 milhões, após redução de 3,24% somente no comparativo a outubro.