A Vivo está experimentando em São Paulo tecnologias de transmissão sem fio que atendem ao conceito de LPWA (Low Power Wide Range). A empresa analisa especificamente os padrões Sigfox, Lora e NB-IoT. Todos eles permitem transmitir taxas baixas de dados consumindo pouca energia e tendo um largo alcance. A operadora realizou alguns testes com Sigfox em São Paulo no mês passado e em breve experimentará os outros dois.

A ideia é avaliar a aplicação dessas tecnologias em soluções de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) que demandam redes com essas características: amplo alcance, baixo consumo de bateria e baixa velocidade. É o caso, por exemplo, de soluções para monitoramento de vagas de estacionamento em vias públicas, que requerem a instalação de sensores subterrâneos. Como é difícil energizá-los, soluções de baixo consumo de bateria fazem diferença. A abteria de sensores LPWA pode durar vários anos antes de serem trocadas.

Os padrões Sigfox e Lora usam espectro em faixas não licenciadas. Na Europa é a faixa de 858 MHz e nas Américas, a de 902 MHz. O problema é que ainda faltam equipamentos para esses padrões na frequência usada nas Américas. É preciso construir um ecossistema local em torno desses padrões, recomenda Eduardo Koki Iha, head de smart cities e inovação da Telefônica Vivo.

O executivo ressalta que os teses com as tecnologias LPWA estão sendo feitos com parceiros e que o interesse da empresa está mais na viabilização de negócios do que na tecnologia em si.

O grupo Telefônica tem uma participação acionária na Sigfox, empresa que desenvolveu a tecnologia homônima. A Lora, por sua vez, é fruto de um consórcio. E o padrão NB-IoT, nasceu de uma iniciativa coletiva de várias empresas de tecnologia e é o único dos três que utiliza espectro licenciado.

Iha participou esta semana do evento LTE Latin America, no Rio de Janeiro.