Valid

O Valid Ventures, braço de corporate venture capital da Valid, está em fase de análise dos negócios de cerca de cinco empresas que agregam valor à sua atividade core e que poderiam receber aportes. Trata-se de um passo anterior à elaboração de uma proposta. Paralelamente, o Valid Ventures vem sendo abordado por várias outras companhias desde que anunciou o seu primeiro negócio na semana passada: a compra de 10% de participação acionária na Vsoft. Para conhecer melhor as proponentes, o fundo vai organizar uma rodada de apresentações com seis candidatas no final de julho ou começo de agosto, informa Rafael Sbampato, diretor de tecnologia e novos negócios e líder do comitê de investimentos do Valid Ventures, em conversa com Mobile Time.

O fundo tem R$ 300 milhões disponíveis para investir em startups com atuação em áreas adjacentes ao core da Valid. A ideia é começar comprando uma participação minoritária e, em um prazo de um ano e meio e quatro anos, realizar o “follow-on”, adquirindo o controle.

Sbampato, contudo, ressalta que que não necessariamente vão gastar os R$ 300 milhões. “Gosto de saber que temos esse montante disponível, mas pode ser que a gente invista menos que isso. Ou, se acharmos muitas boas oportunidades, podemos acessar o mercado de capitais, emitir uma nova rodada de equity, e aumentar esse valor”, explicou. O executivo acredita que até o final do ano possam fazer aportes em mais dois alvos.

Consolidação

O diretor da Valid enxerga potencial de consolidação em diferentes camadas no mercado de soluções de identificação e autenticação digitais. Para soluções tecnológicas de liveness e de escaneamento de documentos, por exemplo, ele vê espaço para uma consolidação global. Já para o serviço de verificação de validade de documentos de identidade, é mais provável que a consolidação aconteça em nível nacional, porque as soluções variam muito de acordo com os parâmetros adotados em cada país.

Por fim, Sbampato não vê espaço para consolidação no mercado de soluções de verificação de background em setores específicos, por serem produtos muito nichados, embora agreguem muito valor. Um exemplo é o setor de telemedicina: com o surgimento de serviços de teleconsulta, haverá necessidade de soluções que verifiquem os dados dos médicos que se cadastrarem, para ter certeza de que estão habilitados de fato a exercerem a medicina na especialização que reivindicarem. Para apps de outros setores, as soluções de verificação serão completamente diferentes, requerendo outras integrações de sistemas.