A plataforma de reservas de restaurantes Resy chega ao Brasil por meio de uma parceria com a Tagme, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para a área de gastronomia. A plataforma de reservas online do grupo American Express usará a base de clientes da startup brasileira para adicionar restaurantes brasileiros ao seu serviço. Com isso, a Tagme, que atuava no B2B e B2B2C, expande e inicia sua empreitada no B2C. Neste primeiro momento, os estabelecimentos contemplados são do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília. E, até o fim do ano, o app estará disponível em Salvador.

“O acordo com o Resy significa entrar no B2C com uma parceria especializada e sem a necessidade de investir em um aplicativo. Isso deixa a gente focado naquilo que sabemos fazer. Temos a vocação de entender os problemas do restaurante e apresentar soluções. Mas, por outro lado, éramos cobrados para ter uma solução voltada aos clientes dos estabelecimentos”, explica João Paulo Alves, CEO da Tagme.

A conversa com o Resy (Resy de “reservation”, diga-se) começou em maio de 2019. No fim do ano passado a Tagme assinou o contrato e, até o meio deste ano estavam trabalhado na integração.

A ideia é que a base de restaurantes brasileiros no Resy cresça mensalmente. No momento, há 350 estabelecimentos do Rio e de São Paulo, todos com um “posicionamento premium”. Para entrar na plataforma do Resy, a Tagme faz a curadora dos restaurantes, selecionando de acordo com o posicionamento do app norte-americano.

“Temos outros 650 restaurantes que podem entrar no app ao longo dos próximos meses. Mas a expansão vai acontecer de acordo com a abertura da plataforma para outras cidades”, explica Alves. Vale dizer que, ao todo, a Tagme está presente em 55 cidades do País.

“O Resy dá aos restaurantes uma base de clientes turistas que chegam ao Brasil com o app no celular e, agora, terão acesso aos restaurantes brasileiros. E a parceria traz a oportunidade de sermos globais, com trafego de turismo que não conseguíamos atingir”, explica.

João Paulo Alves (à esq.), CEO da Tagme e Roni Lacerda, COO. Foto: Tarso Ghelli/Divulgação

Outra novidade

Para o final de agosto, a empresa deverá oferecer a seus clientes um cardápio físico com um QR Code. Dessa forma, o cliente deve mirar a câmera para o código e, assim, acessar o menu pelo celular. Com isso, ele é capaz de fazer o pedido – com alterações se desejar – e não entra em contato com o garçom ou outra pessoa do restaurante. É o que Alves chamou durante entrevista com Mobile Time de Compleate Contactless Ordering System (ou sistema completo de pedido sem contato, na tradução livre para o português). E, pelo lado do estabelecimento, a solução permite ao restaurante uma manutenção com custos mais enxutos.

A Tagme

A Tagme é uma empresa que oferece há 10 anos soluções tecnológicas para a área de gastronomia, com ferramentas digitais de hospitalidade para restaurantes, como serviços online de reservas, gestão de filas, menus em tablets, captação de usuários, fidelização e CRM. Sua proposta sempre foi levar pessoas até os estabelecimentos. Porém, com a crise ameaçando os restaurantes, empresa acelerou o desenvolvimento de uma solução de delivery que estava sendo estudado para ser lançado apenas em 2021.

O movimento rápido para o delivery no período em que os restaurantes ficaram fechados foi, para Alves, assertivo. Era a oportunidade dos estabelecimentos “fazerem o omnichannel”, ou seja, estarem em todos os canais ao mesmo tempo, dando ao cliente a oportunidade ou a escolha, agora que estão abertos. “Foi um movimento muito importante para a gente lá no início e para os clientes. Com tantos em home office, o almoço prejudicado, sem omnichannel ele vai ter dificuldade. Acho que acertamos”.