A Oi é a mais nova operadora brasileira a adotar a tecnologia 5G. Inicialmente a cobertura está disponível somente em Brasília e em algumas cidades satélite ao seu redor. Ao todo, 300 sites da operadora foram atualizados com antenas 5G, cobrindo uma área de 460 Km2, equivalente a 80% da capital federal. A expansão para outras cidades está em estudo. Nos primeiros testes a rede 5G da Oi alcançou velocidade de 500 Mbps no download. A rede da operadora em Brasília é fornecida pela Huawei.

A solução encontrada pela Oi para oferecer 5G é diferente daquela adotada por Claro e Vivo. As concorrentes optaram por trabalhar com o chamado DSS (Dynamic Spectrum Sharing), que utiliza de forma dinâmica faixas de frequência do 4G para o tráfego 5G, conforme a demanda e a disponibilidade. A Oi, por sua vez, adotou o chamado “refarming” e alocou para o 5G 10 MHz + 10 MHz na faixa de 2,1 GHz, que até então era usada somente para o 3G. Ou seja, a Oi tem um pedaço de espectro dedicado exclusivamente para o 5G em Brasília. Além disso, ela também está usando DSS para 5G na faixa de 2,6 GHz, original do 4G.

“O bacana do uso com espectro exclusivo é que a gente garante de fato uma experiência diferenciada no nosso 5G, chegando a 500 Mbps no download”, argumenta Roberto Guenzburger, diretor de marketing da Oi, em conversa com Mobile Time.

Brasília foi escolhida por ser uma cidade com alta renda per capita. “O uso do 5G depende da aquisição do equipamento, que é caro. Essa tecnologia vai começar pelas camadas de renda mais alta. Brasília é uma escolha natural nesse sentido. E tem um público formador de opinião e qualificado”, justifica o executivo.

Por enquanto, o único smartphone compatível com 5G em 2,1 GHz no mercado brasileiro é o Motorola edge, vendido a R$ 5,5 mil nas lojas da Oi. Promocionalmente, quem assinar um plano de 100 GB da operadora em Brasília ganha R$ 1,2 mil de desconto na compra do aparelho.

FWA

A Oi estuda também a oferta do 5G para o serviço de banda larga fixa sem fio (FWA, na sigla em inglês). Uma das estratégias seria o 5G servir como uma antecipação à chegada da fibra óptica. Porém, para tanto, ainda é preciso aguardar a homologação dos primeiros modems 5G no Brasil, explica Guenzburger.