|Atualizado às 16h30| A Take recebeu um aporte de US$ 100 milhões do fundo norte-americano Warburg Pincus, em sua rodada de série A. É o maior aporte já recebido por uma empresa brasileira dedicada ao mercado de chatbots. O Warburg Pincus tem mais de US$ 50 bilhões sob sua gestão.

O dinheiro será utilizado pela Take principalmente para a expansão da sua plataforma de construção e gestão de chatbots, agora rebatizada como Take Blip. Parte será destinado a marketing, vendas, suporte ao cliente e P&D da plataforma, e outra parte para a sua internacionalização, focando nos mercados dos EUA, Europa e México. Paralelamente, a Take planeja montar um time de especialistas dedicados a fusões e aquisições, o que indica que o crescimento internacional pode acontecer desta maneira.

“Nossa capacidade financeira agora nos obriga a buscar opções de crescimento não orgânico. Vamos começar a olhar oportunidades”, diz o CEO da Take, Roberto Oliveira, em entrevista para Mobile Time. A empresa vai analisar tanto oportunidades de consolidação no Brasil quanto aquisições no exterior.

Operação

A Take começou a avaliar a possibilidade de passar por uma rodada de investimento em meados do ano passado. A empresa fez um roadshow nos EUA no fim de 2019 e outro no Brasil no começo de 2020. Nesse processo, foi assessorada pelo Banco Lazard e pelo Itaú BBA. “Falamos com mais de 20 fundos de investimento. Acabamos escolhendo e sendo escolhidos pelo Warburg, que é um dos fundos mais tradicionais do mundo”, relata Oliveira. O executivo destaca o fato de o Warburg ter investimento em mais de 40 países, o que pode ajudar a Take em seu processo de internacionalização.

Não é revelada a participação acionária que o fundo adquiriu na Take, somente que se trata de uma participação minoritária. O controle continua com os sócios fundadores da Take. Não foi feita nenhuma alteração na diretoria da companhia. O Warburg atuará na governança da Take através do seu conselho de administração.

1 bilhão de mensagens

Recentemente, a Take Blip atingiu a marca de 1 bilhão de mensagens por mês, notícia publicada em primeira mão em Mobile Time. A empresa tem um faturamento recorrente anual de US$ 40 milhões.