| Publicada originalmente no Teletime | A receita líquida da TIM no primeiro trimestre deste ano aumentou 19,3% no comparativo anual, totalizando R$ 5,64 bilhões, segundo balanço financeiro divulgado no início da noite desta segunda-feira, 8. A receita de serviço móvel avançou 20,2% chegando a R$ 5,15 bilhões. Segundo a operadora, o desempenho ainda é impacto da incorporação de ativos da Oi Móvel, além de uma “performance orgânica consistente” do segmento móvel.

A receita média por usuário (ARPU) normalizada (isto é, desconsiderando determinados efeitos) foi de R$ 27,9 no trimestre, um aumento de 1,7% no comparativo anual, apesar do “efeito diluidor gerado pela adição dos clientes vindos da Oi, que possuíam um ARPU inferior”.

Desta forma, a ARPU normalizada do pré-pago foi de R$ 13,9, aumento de 5,4%. Já o do pós-pago foi de R$ 40,5, crescimento de 3,6% ao ano. A empresa comenta que houve maior oferta de serviço de valor adicionado, como a da Amazon Prime, no segmento pré-pago, enquanto no pós-pago afirma ter tido migração de clientes para planos de mais alto valor.

Já a do serviço fixo subiu 6%, totalizando R$ 315 milhões – considerando apenas o TIM UltraFibra, o avanço foi de 9,4%, somando R$ 209 milhões no período. A empresa diz que a ARPU da banda larga residencial chegou a R$ 92,9 no trimestre, e que, até o final de março, 77% da base detinham planos com velocidades a partir de 150 Mbps.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) no trimestre foi de R$ 2,575 bilhões, um aumento de 22,5%. A margem EBITDA cresceu 1,2 ponto percentual e encerrou março em 45,7%. A empresa ressalta que a depreciação e amortização obteve alta de 27% no ano devido à aquisição dos ativos da Oi, incluindo o aumento de R$ 51 milhões em amortização pela compra dos 49 MHz de espectro advindos da incorporação.

O lucro líquido da TIM aumentou 1,7%, totalizando R$ 412 milhões, após a queda observada ao longo de 2022.

No trimestre, o Capex total da TIM foi de R$ 1,29 bilhão, um recuo de 4% por conta da redução de 32% em investimento em TI. Na área de rede, houve aumento de 11,8%, total de R$ 983 milhões. A relação Capex/Receita líquida caiu 5,4 pontos percentuais, ficando em 22,7%.

Ao final de março, a dívida líquida da operadora estava em R$ 15,09 bilhões, com relação de 1,4x o EBITDA normalizado. Novamente, a incorporação da Oi foi o motivo do crescimento de quase R$ 1,2 bilhão em comparação com o final de 2022.