Carlos Eduardo é CEO da Start Pay

A fintech Start Pay (Android, iOS) é uma carteira digital, um aplicativo para pagamentos móveis, onde seus usuários podem inserir seus cartões de crédito – emitidos por outras instituições financeiras – para fazer pagamentos em estabelecimentos credenciados e em sites, com o uso de QR Codes. Até o fim de novembro, a empresa vai lançar uma nova forma de pagamento: por geolocalização.

Nessa nova funcionalidade, o usuário abre o aplicativo e este mostra onde ele está. É possível realizar a troca manualmente, pois o próprio app dá três opções de estabelecimentos próximos. Ao confirmar sua localização, o cliente coloca o valor da compra e efetiva o pagamento. “É uma solução simples e nova que estamos patenteando”, informa Eduardo.

Atualmente, clientes da Start Pay pagam em estabelecimentos parceiros via QR Code. Para isso, o atendente faz a leitura do código QR desenhado no app do cliente que, em seguida, aprova o pagamento. “O Código QR é uma forma interessante, mas ainda tem fricção. Queremos reduzir isso e desenvolvemos uma tecnologia mais ágil por meio da geolocalização”, conta Carlos Eduardo, CEO da Start Pay, que conta com 170 parceiros em São Paulo, além de sites, como Amazon e O Boticário.

Quando o novo sistema de pagamento por geolocalização for implementado, a Start Pay vai usar o QR Code para pagamentos à distância. Neste caso, o usuário receberá um link de um lojista para clicar e autorizar o pagamento, tudo via WhatsApp. Os dois, lojista e cliente, precisam do aplicativo, porém, são apps diferentes, um para o usuário e outro para o comerciante.

A versão business do app é voltada para o pequeno e médio empreendedor e terá um cartão (Visa) vinculado à sua conta. A previsão é que a novidade chegue no fim de novembro. “Ele vai poder pagar boletos, fornecedores, fazer transferências, além de ter um cartão de crédito”, resume Eduardo.

Clientes da Start Pay também podem fazer saques em uma das 14 mil agências lotéricas do País e realizar TEDs.

Criptomoedas

A fintech também possui uma wallet para seis criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Reaple, Bitcoin Cash, Bestkoin e Litecoin. Nessa carteira digital, o usuário pode tanto fazer pagamentos quanto transferência entre as carteiras – transformando reais em moedas digitais ou vice-versa. “Vale reforçar que o PDV [ponto de venda] não recebe criptomoeda. Ele recebe o valor convertido em reais, com menor custo do que um cartão de débito, apesar de depender da previsão de faturamento”, explicou o CEO.

Conta digital

A Start Pay é também uma conta digital. “Somos uma instituição de pagamentos. Temos uma meta para atingir e ter uma autorização do Banco Central. Estamos transacionando, e seguindo os parâmetros de compliance desses serviços com o Santander como parceiro”, explica Eduardo.

A fintech contou com o investimento de Saul Sabbá (ex-Banco Máxima) e atual CEO da Shevar Participações, uma empresa de consultoria de gerenciamento.

Sobre a empresa

A história da Start Pay começou em 2015. Não tinha ainda esse nome, mas IFideliza. Tampouco era uma carteira digital, mas um sistema no qual o usuário do app acumulava pontos nas compras em estabelecimentos credenciados e podia gastá-los nesses mesmos lugares.

“Nossa plataforma é multifuncional e buscamos alternativas de pagamento das pessoas, com alternativas que facilitem de fato o nosso dia a dia. Estamos atuando neste modelo há apenas dois meses e meio de atividade e já temos mais de 2 mil cadastros somente de usuários e 170 parceiros. Vamos intensificar isso na segunda quinzena de novembro e para 2020 nossa meta é fechar com 500 mil usuários e com atuação – para captação de lojistas parceiros – em oito capitais brasileiras”.