Leonardo Capdeville, CTIO da TIM, na coletiva virtual da operadora nesta quarta-feira, 8

A implementação da rede 5G da TIM nas capitais brasileiras até julho de 2022, dentro do prazo estabelecido pela Anatel, será feita com equipamentos da Ericsson e da Huawei, que já são fornecedores da operadora. Entretanto, a TIM não descarta a possibilidade de trabalhar com outros vendors para o restante da rede 5G.

“Escolhemos os fornecedores dois anos atrás: Huawei e Ericsson. Mas é um processo ‘on going’. Vamos começar com esses dois, que são nossos fornecedores atuais, porque o prazo é muito curto. Isso não significa que não analisamos novas oportunidades e novas tecnologias. Há oportunidades com OpenRAN e outros fornecedores estão chegando”, disse Leonardo Capdeville, CTIO da TIM, em coletiva de imprensa virtual nesta quarta-feira, 8.

A rede 5G está sendo implementada principalmente na faixa de 3,5 GHz, mas a velocidade do projeto depende da entrega do espectro hoje utilizado para a transmissão de TV via satélite na banda C. Por sua vez, o espectro em 2,3 GHz adquirido pela TIM nos mesmo leilão será usado inicialmente para offload do 4G e, posteriormente, para offload do 5G, revelou Capdeville.

A faixa de 26 GHz, por fim, não servirá para uso massivo, pois seu alcance é de algumas centenas de metros, mas poderá ser utilizada em projetos de redes privativas em indústrias e na criação de hotspots de alta velocidade, avalia o executivo.

Slicing de rede

Sobre a possibilidade de slicing da rede, que é uma das características do 5G, Capdeville  comentou: “A banda larga fixa é vendida por velocidade. A móvel, por capacidade. Com 5G poderemos casar os dois mundos: velocidade e capacidade. E ainda entrará o tema de latência. Com o slicing, poderemos segmentar a rede para esse tipo de oferta e cobrar de forma diferente”. 

SIMcards

O CTIO da TIM informou que os assinantes da operadora não precisarão trocar seus SIMcards para acessarem a rede 5G. Conforme noticiou Mobile Time na semana passada, algumas das novas funcionalidades de segurança trazidas pelo 5G demandam a troca do chip, mas o acesso à rede pode ser feito com os SIMcards atuais.