Nesta fase de cortes de gastos públicos em todas as esferas de governos, a chegada dos bots cai com uma luva para o setor público. Com a automação do atendimento ao cidadão através de canais digitais, prefeituras, governos estaduais e o governo federal podem economizar seu orçamento, alocando verba para outros projetos. Este é um dos nichos prioritários da Metasix, empresa que disponibiliza uma plataforma de atendimento omni-channel chamada Cube e que recentemente ganhou um módulo para a construção de chatbots. Há três projetos com robôs de conversação em desenvolvimento na plataforma, sendo um deles para um ministério do governo federal.

“Muita empresa faz bots para o setor privado, mas poucas para órgãos públicos. Os governos, por conta do baixo orçamento, precisarão atender de forma barata daqui em diante. Acreditamos que será um diferencial apostar nessa vertical. Entendemos que é uma estratégia prudente e com bastante espaço no momento”, explica Cleiton Jorge, diretor de operações da Metasix.

O executivo também enxerga uma demanda da parte de empresas privadas em geral para otimizar os recursos humanos alocados ao atendimento do público. Com a adoção de chatbots, parte das posições de atendimento (PAs) que trabalham recebendo chamadas pode ser deslocada para marketing ativo, gerando mais vendas. “Com o bot, pode-se converter as PAs receptivas em ativas. A otimização dos recursos humanos é o nosso principal argumento de vendas”, explica.

A Metasix oferece o desenvolvimento dos bots e a sua integração com os sistemas dos clientes. A empresa conta com um motor próprio de processamento de linguagem natural, mas também pode se conectar ao Luis, da Microsoft, ou ao Watson, da IBM, dependendo da preferência do cliente ou das características do projeto.

Nos últimos 12 meses foram feitos 35 milhões de atendimentos através da plataforma Cube da Metasix, com cerca de 18 milhões de pessoas impactadas.