Da direita para esquerda: Vânia Gracio, Sing; Erick Martins, Meta; Gustavo Ley, InvestSP; e Maycon Stahelin, Ministério da Economia (crédito: Gustavo Drullis/Mobile Time)

Apesar da mudança no nome e da estratégia bilionária de investimentos no metaverso, que continua dando prejuízos para a companhia, a Meta não quer ter o monopólio desse mundo virtual. Erick Martins, gerente de parcerias estratégicas da companhia na América Latina, acredita que o metaverso deve ser construído conjuntamente.

“Muitos participantes serão necessários para fazer com que o metaverso exista. É importante dizer que o metaverso não é da Meta, assim como a Internet não é propriedade de nenhuma empresa específica ou de alguém. Todos fazem parte desse ambiente onde todos convivem. O metaverso, similarmente, vai ser construído por todas as empresas que estão começando a fundação desse ambiente”, afirmou na IX Conference, em São Paulo, na última terça-feira, 8.

Martins destacou que não existe uma única definição e conceito do que é esse mundo virtual, na indústria. Para a Meta, se trata de um ambiente imersivo que permite pessoas e empresas se conectarem. Dessa forma, quem está em lugares diferentes do mundo pode se sentir mais presente em experiências que normalmente não poderiam ser reproduzidas fisicamente. “Seja assistir a um show, jogar um jogo, trabalhar. Todos os exemplos que já temos visto acontecer hoje são exemplos do início do que entendemos como metaverso”, contou.

Esse mundo virtual proposto pela companhia americana ainda desperta dúvidas nas pessoas. Pensando nisso, uma das principais frentes de atuação da Meta para difundir o metaverso é justamente a educação das pessoas, de acordo com Martins. Aqui no Brasil, eles estão trabalhando para disponibilizar conteúdos em português sobre o assunto, para facilitar a compreensão desse universo, assim como em espanhol, para toda a América Latina.

“Sabemos que a nossa região, especialmente o nosso mercado no País, não tem acesso à tecnologia por conta de ela estar disponível muitas vezes unicamente no idioma inglês. Estamos investindo muito nisso para garantir que as pessoas consigam acessar essas tecnologias, entendê-las, para que elas comecem a fazer parte disso e não sejam simplesmente espectadores, que as pessoas consigam se capacitar desde já”, defendeu. “Independente de quem seja, o indivíduo, a empresa ou o próprio governo, a educação é o primeiro lugar. Precisamos que todo mundo tenha acesso, tenha conhecimento e saiba o que está sendo feito.”