No quarto trimestre do ano passado, pela primeira vez, a receita com dados alcançou metade do faturamento com serviços móveis do grupo América Móvil. Foram 62,6 bilhões de pesos mexicanos ou US$ 3,27 bilhões, pela taxa de câmbio desta quarta-feira, 10, em receita com dados móveis entre outubro e dezembro do ano passado somando todas as operações do grupo.

No ano de 2015 inteiro, a companhia registrou um faturamento total de 778,7 bilhões de pesos mexicanos (US$ 41,3 bilhões), o que representa um recuo de 0,9%. No quarto trimestre, a receita total com serviços foi de 194,5 bilhões de pesos mexicanos (US$ 10,32 bilhões), queda de 1,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O Ebitda da América Móvil no quarto trimestre caiu 5,1%, passando de 67,3 bilhões para 63,9 bilhões de pesos mexicanos (US$ 3,39 bilhões). No ano, o Ebtida caiu 5,4%, abaixando de 282,4 bilhões para 267,2 bilhões de pesos mexicanos (US$ 14,18 bilhões). A margem Ebitda em 2015 foi de 29,9%, o que representa uma redução de 2,1 pontos percentuais em relação a 2014.

O lucro líquido da companhia no quarto trimestre foi de 15,7 bilhões de pesos mexicanos (US$ 830 milhões), seis vezes acima dos 2,6 bilhões de pesos mexicanos registrados no mesmo período de 2014. O crescimento foi atribuído pela companhia à redução de custos financeiros e à variação cambial favorável no período. No ano, a América Móvil obteve lucro líquido de 35,1 bilhões de pesos mexicanos (US$ 1,86 bilhão), o que corresponde a uma queda de 24,1% em comparação com 2014.

Operação

A América Móvil encerrou o ano com 367 milhões de assinantes, uma redução de 0,3% em 12 meses. Essa base é composta de 286 milhões de linhas móveis, 35 milhões de linhas fixas, 24 milhões de acessos de banda larga fixa e 22 milhões de assinantes de TV por assinatura.

A diminuição da base de clientes do grupo foi puxada pela telefonia móvel, com uma queda líquida de 2,9 milhões de linhas em 12 meses. Em números absolutos, essa redução foi liderada pelo Brasil, que encerrou o ano com 5,1 milhões de linhas móveis em serviço a menos do que tinha ao fim de 2014. A perda no Brasil foi atribuída à recessão econômica. Em termos proporcionais, a maior queda aconteceu no Equador, onde o grupo perdeu 26,4% da sua base móvel em 12 meses, o que representou 3,1 milhões de conexões.

A base de conexões fixas do grupo cresceu 3,6%, passando de 78 para 81 milhões, com destaque para banda larga fixa, que aumentou 6,6%.