Em 2023, as assinaturas 5G devem representar 6% das conexões móveis na América Latina, contra 94% das demais tecnologias (2G, 3G, 4G). Os dados foram compartilhados no IDC Roadmap Forum Latin America 2023, evento virtual da IDC (International Data Corporation). Até 2026, a previsão é que o 5G represente 17% das assinaturas na região.

Os gastos gerais com telecomunicações na América Latina devem crescer 5,7%, em 2023, e 4,9% em 2026. A previsão é que até 2026 os gastos globais com o mercado de telecom cheguem a US$ 1,5 trilhão e os investimentos de CAPEX (Capital Expenditure) atinjam US$ 328,8 bilhões.

Segundo Luciano Saboia, diretor de Telecomunicações da IDC Brasil para a América Latina, provedores de serviços digitais precisam lidar com volumes de dados cada vez maiores, necessitando investimentos em infraestrutura. Para ele, as soluções para que provedores de telecom possam melhorar o faturamento e continuar investindo são: uso de novas assinaturas de conectividade e novas formas de conexão, como, por exemplo, Internet das Coisas (IoT).

Para José Ignacio Díaz, analista sênior de Telecomunicações da IDC Chile, as telcos precisam se tornar digitais, a fim de conquistarem receitas que vão além da conectividade, principalmente na linha de serviços de TI. Nesse sentido, ele explicou que a transformação digital das empresas de telecom é marcada por três estágios: contexto atual; processo transformacional; e futuro.

Em um primeiro momento, diversos fatores mobilizam uma companhia a se tornar mais digital, como: ambiente competitivo; mudança na qualidade dos serviços; monetização de investimentos; aumento do tráfego de dados; e contexto econômico. Já durante o processo de transformação, há uma segregação entre as infraestruturas (data centers, torres de conectividade e redes de fibra) e os serviços de atendimento ao cliente. Por fim, a telco se torna um empresa digital, chamada de  “digitelco”, em que plataformas, parceiros, pessoas, produtos e processos se digitalizam também, resultando na “cloudificação” da companhia, simplificação das redes, modelos de consumo flexíveis, investimentos em I+D e padronização dos serviços.