A Prefeitura do Rio de Janeiro deverá chegar a 20 mil câmeras inteligentes até 2028. O marco é fruto da expansão da Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública (Civitas) que se propõe a cobrir áreas com alta demanda de reforço policial, manchas criminais e zonas de vulnerabilidade tecnológica. Entre os destaques dos aparelhos está a inteligência artificial IRIS, desenvolvida dentro da própria prefeitura.
A IA deverá cruzar dados de diferentes bases, detectar atitudes suspeitas, fazer o reconhecimento facial, gerar mapas de calor, acelerar investigações com respostas em até 10 segundos.
De acordo com a prefeitura, a IRIS antecipa possíveis situações de risco com base em padrões anteriores e avalia estatísticas de modo a identificar quando e onde um crime tem mais chances de acontecer. Isso é possível por meio de cruzamento de dados como horário, localização, tipo de ocorrência e comportamento dos envolvidos.
Trata-se de um sistema de análise preditiva que permite definir o reforço de segurança de regiões determinadas.
A IRIS também possui tecnologias como visão computacional e mapas de calor. Enquanto a primeira identifica rostos, comportamentos suspeitos ou movimentos fora do comum e lê placas, a segunda organiza visualmente os dados coletados.
Vale dizer que a Civitas se serve de dados de diferentes fontes, como: Disque Denúncia, Central 1746, Instituto Fogo Cruzado, além do data lake do município fruto das 20 secretarias, além das câmeras inteligentes.
Prefeitura do Rio: proposta da Civitas
A proposta é também criar “fronteiras digitais” de modo a tornar “impossível” entrar e sair do município sem ser detectado. Serão 56 portais de controle urbano em áreas estratégicas e nas fronteiras da cidade. Neles, será possível detectar placas de veículos, inclusive as clonadas ou suspeitas, e movimentações atípicas de carros e pessoas.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou em coletiva que todos os pontos cegos e as vias de grande circulação da cidade terão cobertura. As câmeras contarão com reconhecimento facial, identificação de veículos, entre outras funcionalidades.
Foto: Sala de Situação da CIVITAS. Crédito: Beth Santos/Prefeitura do Rio