Líderes do ramo da tecnologia que trabalham com venture capital (VC) debateram nesta quinta-feira, 10, o impacto da IA generativa sobre esse mercado. Todos que estavam presentes no painel do Cubo Itaú, organizado pela AWS, acreditam que a inteligência artificial é algo que vai além “de uma moda” e pode revolucionar o mundo das startups.

Lucas Abreu, Venture Capital Investor da Astella Investimentos, questiona se a IA está fazendo com que um produto “se torne melhor, mais acurado, mais completo e mais revolucionário”. Ele sente que, no Brasil, sempre vai existir um desafio, porque “nós nunca vamos estar na parte da infraestrutura ou na parte da fundação de novos modelos. A gente vai estar sempre na camada de aplicação“.

Abreu aponta também que a IA pode revolucionar as operações das empresas, em termos de desenvolvimento de produtos. “Talvez as empresas fiquem mais eficientes, porque vão usar o Copilot [da Microsoft] ou alguma solução que ajuda os programadores a desenvolverem de uma forma mais rápida”, destaca.

O head de Corporate Venture Capital da Vivo e Wayra Brasil, Ivan Yoon, concordou com Abreu e afirmou que aqueles que conseguirem utilizar inteligência artificial como ferramenta terão um grande salto em rentabilidade.

Felipe Rama, manager Corporate Banking do Itaú BBA, acredita que o processo de adoção de aplicações de IA vai acontecer de uma forma silenciosa. “As big techs vão inserir isso no nosso dia a dia e, em pouco tempo, todas as aplicações existentes já vão estar permeando o nosso trabalho. Isso pode causar uma revolução muito grande”, acrescentou. Ele considera que vai haver uma diferença visível entre empresas que, no futuro, vão utilizar a tecnologia de outras que não vão aderir à inteligência artificial.