Em debate realizado nesta quarta-feira, 10, na Futurecom, no Rio de Janeiro, o diretor de marketing corporativo da Oi, Ronaldo Motta, ressaltou a importância de a operadora conseguir agregar valor ao serviço de comunicação entre máquinas (M2M): “É preciso criar funcionalidades que gerem valor para clientes. Parcerias com essa finalidade estão em discussão”. O diretor de inovação tecnológica da TIM, Janilson Bezerra Jr., concorda com essa ideia de que a operadora deve fornecer não apenas a comunicação entre máquinas, mas também a informação necessária para a tomada de decisão. “O grande desafio é subir na cadeia de valor. Parcerias são fundamentais para habilitar serviços”, defendeu. Jacinto Luis Miotto Neto, executivo da Claro, informou que a tele continuará a trabalharar conjuntamente com especialistas verticais com o objetivo de ampliar a sua participação nesse mercado, que atualmente é de 46%.

Solange Carvalho, diretora dos segmentos de telecomunicações da IBM, lembrou que, segundo dados da GSM Associoation (GSMA), o setor de M2M representará 3,7% do total de assinaturas em 2016 e que, entre 2022 e 2025, esse volume de assinaturas será superior ao de voz e dados. Para Jacinto Neto, o M2M gera uma nova oportunidade de receitas em um momento em que a conquista de novos clientes pelas companhias torna-se mais difícil. Motta não se mostra tão otimista para as perspectivas de ganhos no curto prazo: “hoje M2M responde por apenas 0,2% da receita; a importância econômica ainda é muito pequena”, avalia.

 

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